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Rede social X enfrenta queixas na Europa sobre uso de dados pessoais

Dados dos usuários estariam sendo usados para alimentar tecnologia de Inteligência Artificial (IA) da empresa

A rede social X; controlada pelo bilionário Elon Musk. (Nathan Stirk/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 10h18.

A rede social X enfrenta queixas em oito países europeus por uso "ilegal" de dados pessoais dos internautas para alimentar sua tecnologia de Inteligência Artificial (IA) sem o consentimento das pessoas, informou a organização Noyb.

A rede X, que pertence ao bilionário Elon Musk , "nunca informou aos usuário de maneira proativa que seus dados pessoais eram usados para treinar sua tecnologia de IA Grok", publicou o Centro Europeu de Direitos Digitais, que tem sede em Viena.

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A organização, também denominada Noyb ("None Of Your Business" ou "não é da sua conta", em tradução livre) apresentou a reclamação depois que a Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda adotou medidas legais contra o X por suas práticas de coleta de informações para treinar sua IA.

A rede social começou recentemente a alimentar com os dados de mais de 60 milhões de usuários europeus a sua tecnologia de IA Grok, "sem nunca informá-los ou pedir seu consentimento", segundo a Noyb.

A organização destaca que muitas pessoas parecem ter tomado conhecimento da nova configuração padrão por meio de uma mensagem viral de 26 de julho".

A DPC afirmou na semana passada que a rede X concordou em suspender o questionado processamento de dados pessoais dos usuários para sua tecnologia de IA.

Porém, Max Schrems, fundador da Noyb, afirma em um comunicado que a DPC "não questionou a legalidade" do atual processamento, ao que parece adotando ações nas margens, não no centro do problema".

A organização também alertou que ainda não está claro o que aconteceu com os dados já incorporados.
A Noyb apresentou ações na Áustria, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália e Países Baixos.

O grupo solicitou um "procedimento urgente" contra o X para permitir a intervenção das autoridades de proteção de dados nos oito países europeus.

"Queremos garantir que o Twitter (agora X) cumpra plenamente a lei da UE que, no mínimo, exige a solicitação do consentimento das pessoas", disse Schrems, que citou o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

O RGPD pretende facilitar o controle das pessoas sobre como as empresas utilizam suas informações pessoais.

A Noyb iniciou ações legais similares recentemente contra o grupo Meta, que suspendeu seus planos de IA.

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