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Quase metade das empresas brasileiras já iniciou a implementação da IA generativa

57% dos brasileiros já usaram IA, acima da média de países como EUA e França, mas adoção nas empresas ainda é lenta

ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, destaca-se como uma ferramenta poderosa para análises financeiras (Freepik)
Bruno Nunes

CEO da Base39

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 15h36.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 15h49.

OPINIÃO—A implementação de IA generativa nas empresas no Brasil está ganhando espaço, ainda que de maneira gradual. Um dado interessante é que, segundo uma pesquisa inédita da consultoria global Oliver Wyman,57% dos brasileiros afirmaram já ter usado plataformas de IA, um percentual superior ao de países como Espanha, França, Austrália e até os Estados Unidos. Isso demonstra o potencial da inovação para transformar setores diversos, ainda que haja desafios a serem enfrentados no contexto local.

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Apesar desse progresso, o país ainda está atrás da média global quando se trata do uso de IA generativa. Pesquisas mostram que, globalmente, 54% das organizações estão utilizando ou em processo de implementação dessa tecnologia, o que coloca os negócios nacionais em um ritmo mais lento de adoção. Esse atraso pode ser atribuído a fatores como a falta de regulamentações claras e o preparo insuficiente de muitas organizações.

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No entanto, a IA generativa tem o potencial de impactar fortemente a economia, principalmente no que tange à otimização de processos e à automação de tarefas repetitivas. As instituições que já adotaram a tecnologia relatam maior eficiência e melhor tomada de decisões baseadas em grandes volumes de dados, e isso pode ser um diferencial competitivo nos próximos anos.

Um ponto crítico, no entanto, é que apenas 10% das empresas brasileiras estão realmente preparadas para lidar com regulamentações relativas à IA generativa, segundo SAS. A ausência de políticas públicas robustas e a falta de clareza em torno do uso ético da tecnologia são obstáculos significativos.

Quando analisamos o cenário no Brasil, não podemos deixar de falar que esse também é marcado por uma curiosa dualidade: enquanto muitas companhias estão atrasadas na implementação da tecnologia, grande parte dos profissionais que utilizam a ferramenta o fazem de maneira autodidata. Eles se esforçam para adquirir o conhecimento necessário, mesmo sem o apoio formal de suas organizações.

A IA generativa é, de fato, uma ferramenta poderosa que, embora em fase inicial de implementação no país, já começa a mostrar seu valor. Para que avancemos, é necessário investir em políticas públicas e capacitação, de modo a maximizar os benefícios dessa inovação.

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