OpenAI e Meta investirão em IA para idiomas africanos em parceria com a Orange
Iniciativa abordará a carência de modelos para milhares de dialetos africanos e começará com dois idiomas falados por 22 milhões de pessoas
Repórter
Publicado em 26 de novembro de 2024 às 13h58.
Última atualização em 26 de novembro de 2024 às 13h59.
OpenAI e Meta, em colaboração com a operadora francesa Orange, anunciaram um projeto para desenvolver modelos de inteligência artificial (IA) voltados para idiomas africanos.
A iniciativa, que deve ser lançada no primeiro semestre de 2024, começará com o foco nos idiomas Wolof e Pulaar, falados por cerca de 22 milhões de pessoas na África Ocidental.O continente africano é lar de um terço das línguas do mundo, mas apenas uma fração delas está representada nos modelos de IA existentes.
Com 18 mercados no Oriente Médio e na África, a Orange deseja expandir o projeto para incluir mais empresas de tecnologia, criando modelos que possam melhorar a comunicação com os clientes e oferecer serviços públicos em saúde e educação.
Segundo a operadora, a falta de infraestrutura e os recursos limitados têm dificultado a inclusão de muitos idiomas africanos nos treinamentos de IA.
A Orange utilizará data centers na Europa e na África, além de infraestrutura em cloud para treinar os modelos. Contudo, a empresa não especificou a origem dos dados necessários para essa tarefa.
A meta é desenvolver modelos acessíveis para empresas locais, profissionais autônomos e serviços públicos. “Queremos criar um exemplo de como a IA pode beneficiar quem está atualmente excluído”, afirmou Steve Jarrett, diretor de IA da Orange.
Projeto prevê expansão para outros idiomas
A próxima etapa da iniciativa incluirá o treinamento em idiomas como Lingala, Swahili e Bambara. OpenAI contribuirá oferecendo acesso antecipado aos seus modelos de IA, o que permitirá à Orange desenvolver soluções como interações por voz para atendimento ao cliente.
Além disso, OpenAI fornecerá capacidade adicional de processamento de dados e hospedagem em seus centros na Europa.Jarrett destacou que a inclusão de populações analfabetas é uma das prioridades da Orange. Segundo ele, o modelo poderá ajudar a conectar essas comunidades com serviços essenciais e novas oportunidades, promovendo inclusão tecnológica.