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O que explica a queda da Nvidia na bolsa?

Pior semana de Wall Street desde 2022 não impactou somente a líder em chips para IA

Jen-Hsun Huang: CEO da Nvidia (I-HWA CHENG/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 20 de abril de 2024 às 14h48.

Última atualização em 21 de abril de 2024 às 12h43.

Na última sexta-feira, 19, as ações da Nvidia registraram uma queda de 10%, contribuindo significativamente para a pior semana da bolsa dos EUA desde outubro de 2022. Segundo dados da Bloomberg, essa redução expressiva representou cerca de metade da queda de 0,9% no índice S&P 500 de Wall Street.

O valor de mercado da fabricante de chips diminuiu em mais de US$ 200 bilhões em apenas um dia, e registro a pior queda desde março de 2020. Junto disso, a Netflix viu suas ações caírem cerca de 9% um dia após anunciar que deixaria de divulgar regularmente o número de seus assinantes, uma decisão que ofuscou o lucros acima do esperado e o crescimento da base de usuários.

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O Nasdaq Composite, que concentra várias empresas de tecnologia, fechou o dia com uma queda de 2,1%. Outras empresas relacionadas à inteligência artificial, como Advanced Micro Devices, Micron Technology e Meta, também enfrentaram desvalorização.

O panorama foi diferente para os setores de bancos e energia, que se destacaram positivamente. Essa oscilação ocorre em um momento em que os investidores começam a considerar a possibilidade de que o Federal Reserve dos EUA realize apenas um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros este ano, ou até mesmo nenhum corte.

Além disso, as tensões geopolíticas entre Irã e Israel contribuíram para o aumento da ansiedade no mercado. Contudo, analistas indicam que a recente venda maciça de ações foi mais uma reação dos investidores à reorganização de suas carteiras em antecipação aos próximos resultados financeiros de grandes empresas de tecnologia.

Empresas como Microsoft, Alphabet e Meta para divulgar seus resultados do primeiro trimestre na próxima semana,e os resultados da Nvidia são esperados para o final de maio.

Apesar das expectativas de bom desempenho, essas empresas enfrentam o velho jogo de comparações trimestrais. O desafio é periódico.

A expectativa do UBS é que o grupo conhecido como "Big 6", que inclui Nvidia, Meta, Microsoft, Amazon, Alphabet e Apple, apresente um crescimento de 42,1% nos lucros por ação nos primeiros três meses deste ano, comparado ao pico de 68,2% no quarto trimestre de 2023.

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