Nova IA da Mastercard deve aumentar a detecção de fraudes em até 300%
Sistema permitirá que os bancos avaliem melhor transações suspeitas em tempo real
Repórter colaborador
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 08h36.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 13h48.
Gigante de pagamentos Mastercard afirma que construiu seu próprio modelo proprietário de inteligência artificial (IA) generativa para ajudar milhares de bancos em sua rede a detectar e erradicar transações fraudulentas.
De acordo com informações da rede CNBC, o modelo da Mastercard, batizado de Decision Intelligence Pro, permitirá que os bancos avaliem melhor transações suspeitas em sua rede em tempo real e determinem se são legítimas ou não.
Ajay Bhalla, presidente da unidade de negócios de cibersegurança e inteligência da Mastercard, disse que a nova solução de IA foi construída do zero pelas equipes de cibersegurança e antifraude da empresa.
O algoritmo da Mastercard é treinado com dados das cerca de 125 bilhões de transações que passam anualmente pela rede de cartões da empresa.
Os dados ajudam a IA a entender as relações entre comerciantes e prever onde ocorrem transações fraudulentas, disse a empresa em comunicado.
Como vai funcionar
O algoritmo da Mastercard usará o histórico de visitas do titular do cartão para determinar se aquele local destino da transação seria um lugar para onde o cliente provavelmente iria.
O algoritmo gera "caminhos" através da rede da Mastercard - algo semelhante a um radar de detecção de calor - para encontrar a respostana forma de pontuação.
Uma pontuação mais alta seguiria o padrão do comportamento esperado do titular do cartão. Uma pontuação mais baixa significa indício de um golpe. Esse processo ocorre em apenas 50 milissegundos, de acordo com a Mastercard.
Ajay Bhalla disse que a nova tecnologia pode ajudar as instituições financeiras a melhorar suas taxas de detecção de fraudes em 20%. Em alguns casos, no entanto, o modelo levou a melhorias de até 300%,
A Mastercard afirmou ter investido mais de US$ 7 bilhões em cibersegurança e tecnologias de IA nos últimos cinco anos.