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Jovens e pioneiros: porquê eles chamaram a atenção em Davos

Um grupo de inovadores do setor de inteligência artificial recebeu elogios de líderes experientes durante o Fórum Econômico Mundial; entenda o motivo

Fundadores da Mistral: Arthur Mensch, Timothée Lacroix e Guillaume Lample
André Lopes

Repórter

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 11h25.

Última atualização em 19 de janeiro de 2024 às 11h30.

Durante o Fórum Econômico Mundial, que aconteceu ao longo desta semana, a inteligência artificial (IA) esteve no centro das discussões entre líderes políticos e empresariais. Mas um grupo de jovens inovadores chamou atenção dos experientes visitantes do evento em Davos. Trata-se de Arthur Mensch, Timothée Lacroix e Guillaume Lample, fundadores da Mistral AI, uma empresa francesa de inteligência artificial.

O motivo para os holofotes: o mais recente modelo de inteligência artificial da Mistral está entre os melhores do mercado, baseando-se em benchmarks que o colocam acima, até mesmo, do ChatGPT, da OpenAI. E tudo isso com apenas nove meses de existência.

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O interesse pela tecnologia da Mistral desafia a visão predominante de que a corrida pela IA gerativa - sistemas capazes de produzir textos, mídias e códigos semelhantes aos humanos em segundos - está limitada a uma disputa entre o Google e a aliança bilionária entre a Microsoft e a OpenAI.

Na Europa e em outras regiões, o crescente interesse pela Mistral reacende a possibilidade de novos participantes conquistarem uma parcela significativa em um mercado em rápida expansão, especialmente com a redução contínua dos custos de computação no desenvolvimento de IA.

A Mistral, especializada em grandes modelos de linguagem, a tecnologia por trás de produtos de IA gerativa como chatbots, alcançou uma avaliação acima de US$ 2 bilhões no mês passado, em uma rodada de financiamento que arrecadou aproximadamente US$ 400 milhões.

A empresa francesa conta com o apoio de importantes investidores do Vale do Silício, incluindo General Catalyst e Andreessen Horowitz.

Satya Nadella, CEO da Microsoft, mencionou a Mistral, fundada por Arthur Mensch, Timothée Lacroix e Guillaume Lample, ex-pesquisadores da Meta e Google, como uma das inovadoras na construção de IA na plataforma Azure da Microsoft.

Este comentário é significativo, considerando o investimento de US$ 13 bilhões da Microsoft na OpenAI, tornando-a o maior investidor da startup com sede em São Francisco.

Em novembro passado, houve uma breve saída de Sam Altman, CEO da OpenAI, de seu cargo pela decisão do conselho, um movimento que surpreendeu o mundo empresarial e levou as empresas a considerarem diversificar seus provedores de IA.

A Mistral se encaixa muito bem nessa dinâmica e traz a Europa para o centro da batalha pela melhor IA.

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