IA vira arma para hackers e empresas se encontram sem profissionais qualificados
Estudo mostra que lacuna de profissionais qualificados desafia a eficácia das defesas cibernéticas, apesar da confiança na IA
Publicado em 14 de junho de 2024 às 14h41.
Última atualização em 20 de junho de 2024 às 13h52.
Há uma nova realidade no dia a dia dos setores de tecnologia das empresas que vai além da adoção interna de inteligência artificial (IA):a inovação também é usada contra elas, em ataques cibernéticos, que se tornam cada vez mais sofisticados.
Para entender como as líderanças dentros das empresas estão encarando o novo desafio, a empresa de segurança digital Check Point Software, em parceria com a Vanson Bourne, realizou uma pesquisa que avaliou a integração de IA generativa (GenAI) em suas práticas de defesa contra cibercriminosos. Os resultados mostram que, embora mais de 70% dos entrevistados confiem na capacidade de defesa cibernética de suas empresas, 89% reconhecem a dificuldade em encontrar pessoal qualificado.
A falta de profissionais treinados em segurança cibernética compromete a eficácia das defesas contra crimes cibernéticos baseados em IA. Segundo a pesquisa, 98% dos entrevistados afirmaram que essa lacuna impactou suas operações de segurança, com 40% relatando um impacto significativo.
Empresas de todos os portes não podem ignorar o impacto potencial de um ataque cibernético. Por isso, muitas estão recorrendo a ferramentas de IA para aumentar a segurança, incluindo resposta a incidentes, proteção contra malware e defesa contra perda de dados. A pesquisa revelou que entre 97% e 99% das empresas já utilizam ferramentas de IA e estão mudando para a IA generativa como parte de uma estratégia de segurança abrangente.
Paradoxo da lacuna de competências e IA
A IA generativa pode ajudar a preencher a lacuna de competências em segurança cibernética, aumentando as capacidades existentes e melhorando a eficiência, conforme indicado por 98% das empresas. Ferramentas de IA, incluindo machine learning e deep learning, são vistas como essenciais para melhorar a eficiência, aumentar as taxas de resposta a incidentes e preencher lacunas de competências.
A maioria dos entrevistados concorda que a integração da IA generativa na segurança cibernética é uma prioridade, com 90% das empresas investindo em ferramentas GenAI.
Apesar do otimismo, desafios permanecem. As organizações destacam a necessidade de manter os modelos de IA atualizados e de garantir a conformidade com as regulamentações de dados.