Inteligência Artificial

Engenheira brasileira cria IA chamada “Maria” para equilibrar a vida profissional e pessoal

Karen Salim, CEO da MSolutions, usou a inteligência artificial para lidar com a carga de trabalho e a maternidade

Karen Salim, CEO da MSolutions (MSolutions)

Karen Salim, CEO da MSolutions (MSolutions)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 14h39.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 15h34.

Tudo sobreInteligência artificial
Saiba mais

Em um mundo cada vez mais automatizado, a engenheira Karen Salim decidiu dar um passo adiante na integração da inteligência artificial (IA) em sua vida cotidiana. Dois anos antes de o ChatGPT virar assunto nas mesas de almoço, Karen desenvolveu uma IA inovadora chamada Maria, projetada para ser sua assistente pessoal e otimizar as tarefas operacionais do dia a dia.

Maria surgiu como resposta a um desafio que muitas pessoas enfrentam: o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Mãe de duas filhas e CEO da MSolutions, de desenvolvimento de soluções tecnológicas, a engenheira se mudou para a França e encontrou dificuldades em lidar com a diferença de fuso horário e a carga de trabalho que crescia com a expansão de sua empresa. Foi aí que surgiu a ideia da IA e, o que começou como um simples chatbot que interagia com os contatos no WhatsApp de Karen, rapidamente evoluiu para uma assistente pessoal completa.

A criação de Maria permitiu a Karen uma melhoria significativa em sua qualidade de vida. Ela estima que, com a automação das tarefas, a empresa ganhou cerca de 45% de tempo livre e aumentou a eficiência nas tarefas em mais de 50%. "Maria me proporcionou assumir novos papéis, como o de presidente da Associação de Pais da escola dos meus filhos, algo que antes seria impossível", afirma Karen.

O primeiro grande teste de Maria aconteceu no dia 31 de dezembro, quando, enquanto todos se preparavam para as festividades de Ano Novo, a assistente enviou mais de 240 mensagens para clientes e acabou agendando 30 demonstrações. "As pessoas estavam se arrumando para a festa, e Maria estava ali, trabalhando", lembra Karen.

Maria não só auxiliou na empresa mas também passou a ser essencial na vida pessoal de Karen. Ao receber e-mails em diferentes idiomas, Maria os traduzia, resumia e enviava notificações importantes pelo WhatsApp. Assim, a IA se tornou uma verdadeira assistente familiar, cuidando desde compromissos escolares até tarefas do dia a dia.

Sam Altman apresenta "IA bomba atômica" para o governo dos EUA — o que acontece depois?

Transformando a rotina com a IA

Desde então, a evolução de Maria não parou mais. Com o tempo, ela começou a atuar em diferentes áreas da empresa, desde o atendimento comercial até a coordenação de projetos, sempre buscando tornar as operações mais eficientes.

Karen comenta que o treinamento da IA é contínuo e que, com o tempo, Maria se tornou cada vez mais inteligente, adaptando-se melhor às necessidades da empresa e da vida pessoal de sua criadora.

O impacto de Maria vai além da tecnologia; ele reflete a visão de Karen sobre como a tecnologia pode ser uma aliada para melhorar a qualidade de vida. E, ao que tudo indica, o futuro está repleto de possibilidades para personalizações ainda mais profundas de assistentes como Maria, que poderão ajudar não só nas empresas mas também na vida pessoal de muitas pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificial

Mais de Inteligência Artificial

A OpenAI está desesperada por um IPO? E por que isso pode acontecer mais cedo do que se imagina

Com impulso da IA, Dell surpreende Wall Street com aumento de 80% nas vendas de servidores

ANPD autoriza Meta a usar dados de brasileiros para treinar IA com anuência dos usuários

Alibaba lança Qwen2-VL, IA que pode analisar vídeos e responder a perguntas sobre o seu conteúdo

Mais na Exame