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Copilot da Microsoft tem função que cria funcionários artificiais para automatizar tarefas

Nova funcionalidade do Copilot permitirá automação de tarefas complexas, transformando chatbots em agentes proativos no ambiente de trabalho

Satya Nadella: CEO da Microsoft (JASON REDMOND/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 22 de maio de 2024 às 13h15.

Última atualização em 22 de maio de 2024 às 14h36.

SEATTLE, WASHINGTON - Durante o evento de novidades para desenvolvedoresBuild, da Microsoft, que ocorre entre os dias 21 e 23 de maio, a empresa revelou uma nova atualização nas capacidades do Copilot, que permitirá que empresas gerarem inteligências artificiais (IA) que funcionem como funcionários virtuais, realizando tarefas automaticamente em tempo integral. Em vez de esperar por consultas, os Copilots poderão monitorar e-mails e automatizar tarefas como entrada de dados, que normalmente são feitas manualmente pelos empregados.

Essa mudança significativa no comportamento dos Copilots, conhecidos como agentes de IA, possibilita que chatbots executem tarefas complexas de forma autônoma. Segundo Charles Lamanna, vice-presidente corporativo de aplicativos de negócios e plataformas da Microsoft, limitar o Copilot a ser apenas conversacional restringia seu potencial. A nova abordagem permitirá que o Copilot seja proativo e trabalhe em segundo plano em tarefas automatizadas.

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A Microsoft está disponibilizando essa nova capacidade para um pequeno grupo de testadores em acesso antecipado, antes de uma prévia pública no Copilot Studio ainda este ano. As empresas poderão criar agentes Copilot que lidem com tarefas de atendimento de TI, integração de funcionários e outras funções. De acordo com a Microsoft, os Copilots estão evoluindo para trabalhar de forma cada vez mais independente.

Esses agentes Copilot serão acionados por eventos específicos e trabalharão com os dados das empresas. Um exemplo dado pela Microsoft descreve um cenário de integração de novos funcionários, onde um Copilot proativo saudaria o novo contratado, responderia a perguntas, introduziria o colega responsável, forneceria treinamentos, ajudaria com formulários e organizaria as reuniões da primeira semana. Isso permitiria que o departamento de RH e os funcionários focassem em suas tarefas regulares, sem a necessidade de assumir tarefas menos valorosas.

Essa automação levanta preocupações sobre possíveis perdas de empregos, mas Lamanna argumenta que os agentes Copilot podem eliminar tarefas repetitivas, como a entrada de dados, sem substituir os empregos por completo. Segundo ele, a maioria das tarefas automatizadas são aquelas que ninguém realmente quer fazer.

A Microsoft afirma ter implementado diversos controles no Copilot Studio para evitar que os agentes de IA funcionem de forma descontrolada. Isso inclui a capacidade de sinalizar certos cenários para revisão humana, o que será útil para consultas e dados mais complexos. O objetivo é que o Copilot opere dentro dos limites definidos pelas instruções e ações associadas às tarefas automatizadas.

A empresa também está facilitando a integração dos dados das empresas em seus Copilots personalizados, com conexões de dados para sites públicos, SharePoint, OneDrive e outros. Esse movimento faz parte de um esforço mais amplo para tornar o Copilot mais do que apenas um chatbot gerador de conteúdos.

Novas extensões do Copilot permitirão personalizações adicionais, permitindo que desenvolvedores construam conectores que estendam o Copilot aos sistemas de negócios.

A Microsoft também está desenvolvendo o Team Copilot, que ajudará a gerenciar agendas de reuniões, moderar chats de equipe e rastrear prazos no Microsoft Planner. A prévia do Team Copilot está prevista para ainda este ano.

Recentemente, o Google também apresentou conceitos iniciais para seus próprios agentes de IA que automatizam tarefas, como preencher formulários de devolução no Gmail automaticamente.

A grande questão é como esses agentes de IA funcionarão na prática, considerando os frequentes erros em respostas de texto e imagens geradas pela IA. Resta saber se empresas e consumidores confiarão o suficiente para automatizar tarefas que antes eram demasiadamente feitas para humanos.

*O repórter viajou a convite da Microsoft

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