(Reprodução/Reprodução)
Professor da Faculdade Exame
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 18h35.
Você se lembra da revolução que a Internet fez na década de 90? Desde então, muita coisa mudou – incluindo a forma de fazer negócios e transações comerciais. Mais recentemente, muito disso pode ser atribuído ao Blockchain.
O blockchain é uma revolução na maneira como as informações são registradas. Imagine um caderno, ou um livro contábil. Imagine cédulas de votação. Imagine receituários médicos. Imagine transações bancárias. Enfim, há uma infinidade de informações que podem ser registradas em blockchain.
Mas, como assim?
Essa tecnologia nada mais é do que uma cadeia de blocos (por isso o nome). À medida que informações são inseridas, novos blocos são criados.
Toda vez que uma informação é inserida no bloco, ela é validada baseando-se na informação da hash anterior. Assim, cria-se uma cadeia de blocos que é inviolável, pois para que um único bloco seja violado, seria necessário quebrar toda a cadeia.
Na imagem abaixo, perceba que os dados são registrados nestes blocos e que o próximo bloco contém sua hash + hash anterior.
Fonte: Simply Explained
Os blockchains são descentralizados. Quando falamos em descentralização, nos referimos ao fato de não haver mais necessidade de uma autoridade centralizadora e reguladora para gerir tudo isso.
Vou dar um exemplo: imagine uma venda de um imóvel sem ter que ir ao cartório. Isso é descentralização.
Além da descentralização, o blockchain se apoia em algumas outras características:
Essa blockchain pode ser:
Imagine uma transação (uma transferência de R$ 1.000 da minha conta para a de um amigo). Como essa tecnologia é descentralizada, não há intermediário, ou seja, a transação será P2P (peer-to-peer), isto é, direta, pessoa a pessoa.
Pois bem, ao realizar a transferência, esse registro é realizado em um bloco da blockchain. Porém, para que essa transação seja validada, há um grupo de nós (computadores na rede) que validam esse processo.
Essa validação se dá pela resolução de um cálculo matemático altamente complexo. Esse problema é “disparado/enviado” para que esses nós que participam dessa blockchain o resolvam.
Quando um nó, chamemos de "nó A" resolve/valida a transação, há a necessidade de um consenso de todos os nós distribuídos na rede, que dirão se o problema foi de fato resolvido pelo "nó A".
Chegando a esse consenso, a informação é validada por todos e é inserida no bloco. Ainda por cima, como todos os blocos são conectados, é possível rastrear todas as informações desejadas.
O Bitcoin é, sim, a maior aplicação do blockchain, mas, certamente não é a única. Vejamos algumas aplicações e serviços que podem usar dessa tecnologia:
O blockchain, tal como a IA, estará presente em nossos futuros – isso é inevitável. Tudo pode ser registrado em blocos, desde votos em eleições a transações bancárias; registro de imóveis a exames médicos trazendo mais transparência, segurança e velocidade às transações.