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Três ônibus são incendiados em reintegração na USP

A ocupação abriga cerca de 300 moradores da Favela São Remo, nas proximidades do campus da universidade


	USP: universidade disse que área ocupada, próxima ao campus do Butantã, é "necessária para as suas atividades"
 (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens)

USP: universidade disse que área ocupada, próxima ao campus do Butantã, é "necessária para as suas atividades" (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 13h34.

São Paulo - Três ônibus foram incendiados durante a reintegração de posse de um terreno da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, na zona oeste, na manhã desta terça-feira, 23. A área, próximo ao portão 3 da universidade, havia sido invadida na última sexta, 19.

Segundo a Polícia Militar, o cumprimento da reintegração começou por volta das 6 horas. Cerca de três horas depois, um grupo, que se opunha à desocupação da área, parou os coletivos, ateou fogo e, depois, fugiu.

Ainda de acordo com a PM, não foi preciso fazer uso de balas de borracha nem de bombas de efeito moral. A corporação também afirma que ninguém foi detido. Por volta das 10h30, a situação já estava normalizada e a reintegração continuou normalmente, disse a PM.

A ocupação, com cerca de 300 moradores da Favela São Remo, localizada nas proximidades do campus, recebeu apoio institucional do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). A entidade , no entanto, afirma não ter organizado nem participado da invasão.

"Metade desse pessoal é funcionário terceirizado da USP, o sindicato, até por estatuto, defende todos que trabalham na universidade", disse o presidente do Sintusp, Magno de Carvalho. "Boa parte dos terceirizados mora na São Remo", afirmou. Carvalho disse, ainda, que os ocupantes não foram avisados da reintegração.

Em nota, a USP informou que a liminar para reintegração foi concedida no último domingo, 21. A universidade reconheceu, ainda, "a gravidade dos problemas sociais e habitacionais da população, evidentes na área adjacente já ocupada da Comunidade São Remo", mas afirmou ter "responsabilidade de manter a integridade dos espaços que compõem o patrimônio da Universidade, incluindo a área desocupada necessária para as suas atividades."

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