Carteira de trabalho: O número de desocupados somou 5,6 milhões de pessoas, o menor contingente já registrado (RafaPress/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 09h16.
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro de 2025, informou o IBGE nesta terça-feira, 30, com a divulgação da PNAD Contínua. O indicador recuou 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior (5,6%) e 0,9 ponto na comparação anual (6,1%).
O número de desocupados somou 5,6 milhões de pessoas, o menor contingente já registrado. Houve queda de 7,2% no trimestre (menos 441 mil pessoas) e de 14,9% no ano (menos 988 mil).
Já a população ocupada atingiu 103 milhões, novo recorde da série, com alta de 0,6% no trimestre (mais 601 mil pessoas) e de 1,1% em um ano (mais 1,1 milhão). O nível de ocupação chegou a 59,0%, também recorde.
O contingente na força de trabalho foi estimado em 108,7 milhões de pessoas, mantendo estabilidade tanto na comparação trimestral quanto na anual.
A taxa composta de subutilização caiu para 13,5%, o menor nível da série histórica. O indicador recuou 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior e 1,7 ponto em um ano.
A população subutilizada somou 15,4 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2014. Já a população desalentada ficou em 2,6 milhões, também o menor nível desde 2015, com queda de 12,9% em relação a 2024.
No mercado de trabalho, o emprego no setor privado alcançou 53 milhões de pessoas, recorde da série. Desse total, 39,4 milhões tinham carteira assinada, também no maior nível histórico, com crescimento anual de 2,6% (mais 1 milhão de pessoas).
Os empregados sem carteira somaram 13,6 milhões, estáveis no trimestre e com recuo de 3,4% no ano. O setor público empregava 13,1 milhões, número recorde, com alta de 1,9% no trimestre e 3,8% em um ano.
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 26 milhões, outro recorde, com crescimento anual de 2,9%.
A taxa de informalidade ficou em 37,7%, equivalente a 38,8 milhões de trabalhadores, abaixo dos níveis registrados tanto no trimestre anterior quanto no mesmo período de 2024.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos atingiu R$ 3.574, também recorde, com alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em um ano.
A massa de rendimento real chegou a R$ 363,7 bilhões, crescendo 2,5% no trimestre e 5,8% na comparação anual.
Na análise setorial, frente ao trimestre anterior, houve aumento do emprego apenas no grupamento de administração pública, defesa, educação, saúde e serviços sociais, com acréscimo de 492 mil pessoas.
Em relação ao mesmo trimestre de 2024, o crescimento foi puxado pelos setores de transporte, armazenagem e correio (mais 222 mil) e novamente pela administração pública e serviços sociais (mais 1 milhão), enquanto os serviços domésticos registraram queda de 357 mil ocupados.