Seis atitudes para sair do vermelho e começar a investir
Deixar de estar endividado para se tornar um investidor é mais fácil do que parece, mas requer mudanças de hábito
Ana Carolina Pereira
Publicado em 18 de abril de 2019 às 10h00.
Última atualização em 24 de abril de 2019 às 17h33.
O que significa enriquecer? Ganhar na loteria? Receber uma herança? Nada disso: para André Bona, educador financeiro e parceiro de conteúdo do BTG Pactual digital, enriquecer é simplesmente acumular dinheiro devagar, mês a mês. “Quando você adiciona algo a mais a um montante que já acumulou, está formando um patrimônio”, explica. Sem mágica e sem fortunas feitas do dia para a noite.
Para quem tem dívidas de todo tipo, como boletos em aberto, prestações atrasadas e ligações de cobrança diárias, o enriquecimento parece uma meta distante. Mas não precisa ser assim. Segundo o especialista, seguindo alguns passos simples, é possível reverter a situação em poucos meses. Para tanto, é necessário se comprometer com mudanças de hábito, a fim de transformar a relação com o dinheiro. Essa revolução interna pode ser realizada em seis passos.
1. Organize o seu orçamento doméstico
“Geralmente, o que deixa a família no vermelho é a desorganização financeira e a compra por impulso”, diz Bona. Mas não adianta preencher uma planilha de gastos e depois deixá-la num canto do computador. “É mais eficaz anotar todas as despesas que a pessoa tem no mês e só depois montar um planejamento baseado na realidade.” Ou seja, não dá certo fazer planos sem saber exatamente quanto se gasta com alimentação, transporte e lazer, por exemplo, por mês. “O processo de organização financeira vai evoluindo”, diz o educador financeiro. “No começo é mês a mês. Com o tempo, a pessoa já consegue fazer uma programação anual, prevendo datas importantes, como o Dia das Mães ou o aniversário dos filhos.”
2. Acabe com os parcelamentos
“Se você parcela roupas, supermercado e combustível, está usando um dinheiro que nem recebeu ainda e herdando, mês a mês, gastos anteriores.” As parcelas restringem o orçamento e limitam a capacidade de organização financeira. “Quem compra à vista tem mais liberdade, fluxo de dinheiro e passa a viver de maneira mais alinhada com a própria renda”, pontua Bona, que lembra: bastam alguns meses sem parcelar nenhuma compra para se livrar totalmente desse tipo de dívida.
3. Negocie empréstimos e financiamentos passados
“Juros são ótimos quando a gente poupa, mas perversos quando estamos devendo”, diz o especialista. Trocar uma dívida por outra que cobre taxas menores, fazer acordos ou mesmo adiantar parcelas são formas de eliminar as dívidas, por maiores que elas sejam. Desde que a pessoa, é claro, nunca mais faça empréstimos, por mais tentador que pareça.
4. Guarde pelo menos um pouquinho de dinheiro
“Toda pessoa deveria guardar um valor para emergências, equivalente a cerca de seis vezes sua renda mensal. Serve para gastos imediatos e não previstos.” Assim, problemas de saúde, acidentes de carro, viagens imprevistas ou reparos no imóvel não desregulam a vida financeira da família. “Quem está sempre devendo não sai de um círculo vicioso, em que qualquer imprevisto destrói o orçamento”, afirma Bona. Então, na medida em que as dívidas vão diminuindo, vale a pena juntar, nem que seja um valor pequeno por mês, para investir no futuro.
5. Adiante contas, principalmente aquelas que podem ser pagas com bons descontos
É o caso de academias, seguros e mensalidades escolares, por exemplo, que, geralmente, são pagas anualmente. “Quando você adianta contas, reduz a carga mensal. Ganha autonomia financeira e pode até mesmo colocar contas rotineiras, como água e luz, no débito automático com total segurança”, aconselha o educador financeiro.
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6. Parabéns! Você deixou de ser um devedor e está em condições de se tornar investidor
“O ideal é que as contas do mês permitam guardar 20% do salário, mas 10% já é uma meta muito boa”, diz Bona. Se a cada mês a pessoa conseguir separar essa parcela, em pouco tempo já terá acumulado um patrimônio – estará enriquecendo, enfim. “Chegado esse momento, o futuro investidor pode contar com auxílio do banco BTG Pactual digital, que oferece todas as opções disponíveis para investimento, a partir de 30 reais,sem taxas e sem riscos.” De endividado a poupador e, finalmente, um investidor resguardando o futuro.