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Para ministro, 7 x 1 mostra necessidade de reformulação

Para Aldo Rebelo, derrota não está na mesma escala da "tragédia nacional" de perder a final do Mundial de 1950, também disputado em casa


	Aldo Rebelo: "A melhor atitude a tomar é analisar estas causas e superar as falhas"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

Aldo Rebelo: "A melhor atitude a tomar é analisar estas causas e superar as falhas" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 14h56.

Rio de Janeiro - A humilhante derrota de 7 x 1 sofrida diante da Alemanha deixou uma cicatriz profunda no Brasil e enfatiza a necessidade de uma reformulação no futebol do país, mas não está na mesma escala da "tragédia nacional" de perder a final do Mundial de 1950, também disputado em casa, disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, nesta quinta-feira.

"Deixou uma marca profunda... foi um desastre", disse Aldo a jornalistas na entrevista diária da Fifa no Maracanã, onde a seleção brasileira esperava estar no domingo para disputar a final do Mundial.

Em vez disso, Argentina e Alemanha disputarão o maior prêmio do futebol mundial, enquanto o Brasil jogará contra a Holanda no sábado em Brasília na disputa pelo terceiro lugar.

Aldo disse que o Brasil precisa aprender com a maior derrota de sua história, ocorrida em Belo Horizonte, na terça-feira.

"A melhor atitude a tomar é analisar estas causas e superar as falhas, para que isso não volte a acontecer.” Ao defender mudanças na maneira que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é dirigida, ele disse que o país precisa analisar a forma que o esporte é organizado.

“Em outras ocasiões já havia manifestado a opinião de que o futebol brasileiro precisa de mudanças. A derrota para a Alemanha expõe ainda mais essa necessidade", disse.

"Vários críticos e analistas apontam para o enfrentamento do problema de que somos exportadores de matéria-prima, de que nossos craques ou talentos vão muito cedo para o exterior. Fiquei sabendo pelo Alexandre Gallo (treinador das seleções de base do Brasil) que parte importante dos atletas da divisão sub-15 já está no exterior", disse.

"Nossa lei facilita essa exportação, dá superpoderes aos empresários... O governo, onde é da sua competência, tem procurado enfrentar, discutindo no Congresso Nacional a modernização da gestão dos clubes, para que eles assumam compromissos e responsabilidades." O ministro falou longamente sobre a derrota por 2 x 1 para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950, que ele chamou de "tragédia nacional" e que privou o Brasil de conquistar sua primeira Copa quando sediou o torneio pela primeira vez há 64 anos.

"Claro que são dois acontecimentos lamentáveis: a derrota para o Uruguai era a primeira final que o Brasil disputava. Em 1950, e com o peso não só de ser a decisão, mas tínhamos a convicção de que iríamos vencer", disse.

"Era uma seleção muito superior à que temos hoje, era uma constelação de craques. A seleção que perdeu para a Alemanha as pessoas achavam que até poderia vencer, mas não seria uma grande surpresa se perdesse." "Estou entre aqueles que acham que poderíamos ter ganhado. Se repetirmos o jogo várias vezes, não teremos esse resultado", disse.

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