O que é "visual thinking" e como usá-lo para aprender inglês
Professora de inglês explica como os recursos visuais podem facilitar a retenção de conteúdos e acelerar o seu aprendizado no idioma
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2017 às 12h45.
Última atualização em 26 de julho de 2017 às 14h47.
O nosso cérebro é um hub de conexões, um labirinto complexo com tráfego constante. Ele não funciona de maneira linear, mas sim através da formação de inúmeras sinapses, que são caminhos criados, ampliados, modificados e destruídos o tempo todo. Essa infraestrutura de conexões é composta por bilhões de neurônios que se comunicam entre si, continuamente, através de rotas em constante transformação.
O cérebro é capaz de, facilmente, categorizar as informações e também de achar significado. O visual ajuda a captar e melhor reter o conteúdo e é aqui que o aprendizado do inglês tem um aliado importante. Quando acabamos de aprender vocabulário novo, essa informação vai para a chamada memória de trabalho : ela atua no momento em que a informação é adquirida. A retenção se dá por alguns segundos.
Dependo do grau de importância, ela vai para a chamada memória de curto prazo . Como o próprio nome diz, grande parte das informações é descartada em um curto período de tempo. O que for considerado importante e o que for emocionalmente marcante - sejam situações e conteúdos felizes ou traumáticos – passam para a memória de longo prazo. Nela, as informações podem ficar por semanas, meses ou até por uma vida toda.
No caso do aprendizado de um idioma como o inglês, o grande desafio está em transferir as informações que estão na memória de curto prazo para a de longo prazo. A retenção dessas informações no cérebro permitirá a automação e, com ela, a desenvoltura e velocidade desejadas na comunicação oral.
A prática constante é a base para chegar na memória de longo prazo e automação. Tudo aquilo que aprendemos e não utilizamos é descartado pelo cérebro. Ele não tem condições de armazenar tudo o que vemos, é uma espécie de mecanismo de defesa que busca o seu bom funcionamento e a economia de energia.
Uma técnica que pode aumentar essa capacidade de retenção no estudo de idiomas é o visual thinking (pensamento visual), ferramenta utilizada para organizar o conhecimento a ser adquirido, nossos pensamentos e para melhorar nossa forma de pensar, comunicar e assimilar um conteúdo.
Para entender melhor como usar o pensamento visual, vale a pena conhecer as ideias de Dave Gray, autor de vários livros, fundador da consultoria Xplaner. Veja aqui um vídeo que explica uma prática para “soltarmos a mão” ao desenhar.
“O pensamento visual é uma forma de ampliar o seu repertório e a capacidade de ir além do mundo linear da comunicação escrita e entrar no mundo não-linear de complexas relações espaciais, redes, mapas, infográficos e diagramas”, diz Gray.
O pensamento visual sintetiza o conhecimento e pode fazer a diferença no aprendizado do inglês ou qualquer outro idioma estrangeiro. Quer descobrir como? Minha dica é consultar dicionários visuais, que trazem desenhos e imagens para o estudo de vocabulário e gramática. Confira algumas sugestões:
English Picture Dictionary (App para iPhone)
Lígia Velozo Crispino é fundadora e sócia-diretora daCompanhia de Idiomas. É coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemasFora da Linhae organizadora doSarau Conversarna Livraria Martins Fontes.