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Nestlé lança em Minas pedra fábrica de cápsulas de café

A fábrica, que deve ser concluída no quarto trimestre de 2015, suprirá o mercado nacional e gerará 100 empregos diretos e outros mil indiretos na cidade


	Nestle: fábrica, que deverá ser concluída no quarto trimestre de 2015, suprirá o mercado nacional e gerará 100 empregos diretos e mil postos de trabalho indiretos na cidade
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Nestle: fábrica, que deverá ser concluída no quarto trimestre de 2015, suprirá o mercado nacional e gerará 100 empregos diretos e mil postos de trabalho indiretos na cidade (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 08h47.

Montes Claros - A multinacional suíça Nestlé lançou nesta quinta-feira na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais, a "pedra fundamental" para a construção da primeira fábrica de cápsulas de café da companhia fora da Europa.

A fábrica, que deverá ser concluída no quarto trimestre de 2015, suprirá o mercado nacional e gerará 100 empregos diretos e mil postos de trabalho indiretos na cidade, segundo declarou durante o ato o CEO mundial da companhia, Paul Bulcke.

"Utilizaremos café brasileiro para 90% da produção e buscaremos só alguns produtos de outras origens para garantir uma melhor combinação dos cafés", explicou Bulcke.

O diretor relatou que o nascimento do café solúvel "foi uma solução para aproveitar o excedente de produção brasileira de café verde", por isso - disse -, o Brasil "teve papel decisivo no desenvolvimento do primeiro café solúvel do mundo".

A unidade, de acordo com informações do governo de Minas Gerias, terá investimentos de R$ 186 milhões e a produção, que começará no segundo semestre de 2015, atingirá 360 milhões de cápsulas.

A gigante do setor de alimentos e bebidas lidera o mercado mundial de café expresso com a marca Nespresso.

No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a venda de cápsulas neste ano chegará a R$ 350 milhões, um crescimento que se deve, em parte, ao fato de a Nespresso ter liberado sua patente para a comercialização de produtos genéricos de outras marcas.

De acordo com a firma de consultoria Nielsen, o consumo de café em cápsulas aumentou 46,5% no Brasil entre 2012 e 2013, mas o potencial para o segmento continua grande, já que apenas 0,6% das residências do país consomem esse produto.

Este fenômeno se deve, em parte, ao alto preço das cápsulas. Sobre essa questão, Bulcke afirmou que "nosso produto é caro, mas de qualidade excepcional".

Em países como França e Suíça o consumo de café em cápsulas chega a 30%, comparou a empresa de consultoria.

Na cerimônia realizada em Montes Claros, também estiveram presentes o presidente da Nestlé no Brasil, Juan Carlos Marroquín, e o vice-presidente executivo para a América Latina, Laurent Freixe.

A empresa brasileira 3 Corações também pretende construir nessa cidade mineira, no próximo ano, uma fábrica para a produção "genérica" de cápsulas, com um investimento inicial de R$ 45 milhões na primeira fase. Caso a demanda pelo produto cresça muito, um valor igual será investido em uma segunda etapa.

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