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Ministério da Saúde reduz acesso a hemoderivados no país

A estratégia faz com que os pacientes passem a usar os medicamentos apenas em caso de emergência


	Hemoderivados, que antes eram usados para estancar sangramentos, agora são indicados também para prevenir crises
 (Marion Berard/AFP)

Hemoderivados, que antes eram usados para estancar sangramentos, agora são indicados também para prevenir crises (Marion Berard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 11h41.

Brasília - O Ministério da Saúde reduziu a distribuição no país de medicamentos indispensáveis para o controle de hemofilia, os hemoderivados. A estratégia, que, de acordo com governo tem como principal objetivo se adequar às reais necessidades, faz com que pacientes, com medo da falta do produto, passem a usar os fatores apenas em caso de emergência.

Representantes de Hemocentros, numa reunião realizada em junho, afirmaram em documento não haver estoques estratégicos.

No Paraná, seis cirurgias foram desmarcadas, mas o Ministério atribui o fato a uma mudança repentina na quantidade de procedimentos, sem que houvesse informação prévia.

Hemofilia é uma doença congênita e pacientes com o problema têm dificuldades na coagulação. Hemoderivados, que antes eram usados para estancar sangramentos, agora são indicados também para prevenir crises.

Embora não seja incomum pacientes precisarem de tratamento de urgência, o coordenador da área de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Baccara, afirmou não haver necessidade de estoque nas regiões.

De acordo com ele, em casos de urgência, basta que o Ministério da Saúde encaminhe, de forma emergencial, o produto para o Hemocentro mais próximo do paciente. "O importante é que o Ministério tenha o seu próprio estoque regulador", afirmou Baccara.

A redução na distribuição foi determinada no fim do ano passado. Baccara afirmou que, no passado, pacientes de alguns Estados recebiam uma quantidade de hemoderivados que ultrapassava a necessidade mensal. Um erro de estratégia, em sua avaliação.

Ele lembrou que o produto é caro e necessita ser armazenado de maneira adequada. "O que assistimos é um revezamento da escassez de remédios. Vários Estados já passaram pelo problema", disse a presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, Mariana Freire. 

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