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Mercado recebe bem declarações de Levy e dólar cai a R$2,64

Apesar das declarações, investidores ainda adotavam uma postura cautelosa, diante da contínua queda dos preços do petróleo às mínimas em quase seis anos

Às 10h55, a moeda norte-americana caía 0,76 por cento, a 2,6478 reais na venda, após subir 1,11 por cento na véspera (FreeImage)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 10h16.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, com investidores recebendo bem as declarações sobre o ministro da Fazenda , Joaquim Levy , reforçando a política fiscal mais austera que está sendo implementada.

Mas investidores ainda adotavam uma postura cautelosa, diante da contínua queda dos preços do petróleo às mínimas em quase seis anos.

Às 10h55, a moeda norte-americana caía 0,76 por cento, a 2,6478 reais na venda, após subir 1,11 por cento na véspera. Na mínima dessa sessão, chegou a 2,6447 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 60 milhões de dólares.

"Aparentemente, o governo está mirando em um 'upgrade' do rating. Isso é favorável para o real, porque atrai mais capital para o mercado", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Levy afirmou que trazer a dívida pública para abaixo de 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhora a sua classificação de risco. Ele também disse que qualquer aumento de impostos terá impacto mínimo sobre a atividade econômica.

As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vêm prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas estabelecidas para o superávit primário, que foram consideradas difíceis.

Para este ano, o objetivo é equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os próximos dois anos, de 2 por cento.

Agentes financeiros também adotavam cautela diante da queda dos preços do petróleo , que renovaram nesta sessão as mínimas em quase seis anos, após os Emirados Árabes Unidos reiterarem a posição de não cortar a produção para enfrentar o excesso de oferta e a demanda fraca global.

A baixa da commodity vem deixando investidores receosos, alimentando a demanda por ativos mais seguros, como o dólar.

Agentes financeiros também mostravam preocupação com a perspectiva de alta dos juros nos EUA, que deve acontecer ainda neste ano.

"O quadro externo está turbulento e o quadro interno está incerto. Isso faz o mercado se resguardar", afirmou o gerente de câmbio da corretora TOV, Celso Siqueira.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,2 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 33 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, com investidores recebendo bem as declarações sobre o ministro da Fazenda , Joaquim Levy , reforçando a política fiscal mais austera que está sendo implementada.

Mas investidores ainda adotavam uma postura cautelosa, diante da contínua queda dos preços do petróleo às mínimas em quase seis anos.

Às 10h55, a moeda norte-americana caía 0,76 por cento, a 2,6478 reais na venda, após subir 1,11 por cento na véspera. Na mínima dessa sessão, chegou a 2,6447 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 60 milhões de dólares.

"Aparentemente, o governo está mirando em um 'upgrade' do rating. Isso é favorável para o real, porque atrai mais capital para o mercado", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Levy afirmou que trazer a dívida pública para abaixo de 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhora a sua classificação de risco. Ele também disse que qualquer aumento de impostos terá impacto mínimo sobre a atividade econômica.

As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vêm prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas estabelecidas para o superávit primário, que foram consideradas difíceis.

Para este ano, o objetivo é equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os próximos dois anos, de 2 por cento.

Agentes financeiros também adotavam cautela diante da queda dos preços do petróleo , que renovaram nesta sessão as mínimas em quase seis anos, após os Emirados Árabes Unidos reiterarem a posição de não cortar a produção para enfrentar o excesso de oferta e a demanda fraca global.

A baixa da commodity vem deixando investidores receosos, alimentando a demanda por ativos mais seguros, como o dólar.

Agentes financeiros também mostravam preocupação com a perspectiva de alta dos juros nos EUA, que deve acontecer ainda neste ano.

"O quadro externo está turbulento e o quadro interno está incerto. Isso faz o mercado se resguardar", afirmou o gerente de câmbio da corretora TOV, Celso Siqueira.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,2 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 33 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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