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Inmet emite alerta vermelho, avisos de baixa umidade e onda de calor; veja previsão

Alerta do Inmet aponta que onda de Rondônia a Rio Grande do Sul fará a temperatura aumentar em até 5ºC acima da média pelos próximos dias

Agência o Globo
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Publicado em 11 de setembro de 2024 às 07h02.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê baixa umidade para quase todo o país nesta quarta-feira, 11, combinada às altas temperaturas, causadas pela onda de calor que avança de Rondônia ao Paraná. Para esta semana, um alerta meteorológico do Inmet aponta uma nova onda de calor, de "grande perigo", que fará a temperatura aumentar em até 5ºC acima da média histórica pelos próximos dias.

O alerta de onda de calor do Inmet atinge os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, além do sul de Minas Gerais e do Amazonas. O aviso, que se iniciou na segunda-feira, deve se estender por um período de dois três dias. Com a baixa umidade, as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas cidades.

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A baixa umidade também se intensifica nesta semana e avança pelo país. Nesta quarta-feira, a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%, segundo o alerta emitido pelo Inmet que recai sobre 21 estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

Uma onda de calor menos severa, com alerta laranja de "perigo", também vai afetar os estados do Sul, segundo o Inmet.

A MetSul meteorologia explica que o Brasil está sob a influência de uma massa de ar extremamente seco e quente, o que também resulta em umidade muito baixa. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Durante a tarde, o nível ficou até abaixo de 10% em alguns locais, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20% são considerados uma situação de emergência.

O final de semana já foi de muito calor em boa parte do país, com marcas acima de 40ºC em alguns lugares, como Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS), onde fez 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO), que marcou 40,3ºC. Mas, segundo a MetSul, a onda de calor no Brasil vai ganhar força e atingir o seu máximo de intensidade nesta semana.

A estiagem prolongada e o solo a cada dia mais seco criam um ciclo que se retroalimenta, afirma a MetSul. Nos próximos dias, a massa de ar seco e quente sobre o Brasil vai se intensificar ainda mais e se expandir.

Além dos alertas de calor e baixa umidade, o Inmet também prevê, para esta quarta-feira, fortes ventos no Nordeste. O Instituto emitiu alertas de vendaval e de ventos costeiros, que devem atingir oito estados.

Veja todos os alertas emitidos pelo Inmet para quarta-feira

Alta de queimadas

A partir da seca, o Brasil vem sofrendo com a alta de queimadas, que leva consequências às cidades do Norte e do Sul. Isso também contribui para o aumento das temperaturas. Além dos municípios do Norte estarem sofrendo com as queimadas da própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste recebem a fumaça, já que um corredor de vento se desloca do Norte ao Sul do país, no momento.

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No final de semana, foram registrados 7028 focos de calor no país, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao fogo.

De acordo com os dados da IQAir, Porto Velho, Rio Branco e São Paulo tiveram as piores qualidades de ar do mundo, no domingo, 8.

Coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da PUC-Rio, Adriana Gioda explica que os valores estavam mais de 10 vezes acima do limite seguro recomendado pela OMS.

"Ou seja, toda a população (dessas cidades) pode apresentar riscos de manifestação de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de aumentar a possibilidade de mortes prematuras em grupos de risco", afirma a especialista.

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