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Europa não reconhecerá votos no leste ucraniano, diz Merkel

A votação de domingo pretende eleger líderes e um Parlamento para uma das autoproclamadas repúblicas populares


	Merkel: “O governo alemão não reconhecerá estas eleições ilegítimas”, disse porta-voz da chanceler
 (REUTERS/Michaela Rehle)

Merkel: “O governo alemão não reconhecerá estas eleições ilegítimas”, disse porta-voz da chanceler (REUTERS/Michaela Rehle)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 14h59.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, por telefone, que as eleições marcadas para domingo no leste da Ucrânia não são legítimas e não serão reconhecidas pelos líderes europeus, informou um porta-voz do governo alemão nesta sexta-feira.

Merkel e Putin tiveram uma conversa telefônica conjunta com o presidente francês, François Hollande, e com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou o porta-voz Georg Streiter em entrevista coletiva.

Segundo ele, surgiram na conversa opiniões divergentes quanto às “chamadas eleições” de domingo nas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk.

“Merkel e Hollande ressaltaram que só pode haver uma votação alinhada com a lei ucraniana”, dise Streiter, acrescentando que o pleito violaria um acordo endossado pela Rússia e complicaria ainda mais os esforços para encerrar a crise no leste da Ucrânia.

“O governo alemão não reconhecerá estas eleições ilegítimas”, disse o porta-voz de Merkel.

Os líderes europeus estão unidos na questão e concordaram a esse respeito em uma cúpula na semana passada em Bruxelas.

Mais de 3.700 pessoas foram mortas nos combates no leste da Ucrânia, onde rebeldes pró-Moscou desejam uma união com a Rússia. Um cessar-fogo está em vigor desde setembro, mas houve episódios isolados de violências desde então.

Um protocolo de doze pontos, divulgado depois de conversas no início do mês passado na capital bielorrussa, Minsk, envolvendo Rússia, Ucrânia, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e os líderes separatistas prevê a realização de “eleições locais antecipadas” no leste de acordo com a legislação ucraniana.

A votação de domingo pretende eleger líderes e um Parlamento para uma das autoproclamadas repúblicas populares.

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