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Dilma discute cortes com nove ministros

Governo quer apresentar medidas que evitem o rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco Fitch e Moody's

O que se quer é mostrar que o governo está disposto a anunciar medidas o mais rápido possível (Evaristo Sa/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2015 às 19h19.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff está reunida neste momento com nove ministros, no Palácio do Alvorada, para discutir como cada Pasta poderá cortar verbas de custeio e investimento, o que implica ajustar programas.

Os presentes na reunião com Dilma são Aloizio Mercadante (Casa Civil), Kátia Abreu (Agricultura), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Kassab (Cidades), Carlos Eduardo Gabas (Previdência), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Jorge Hilton (Transportes).

Dilma também ficou grande parte do dia com os integrantes da Junta Orçamentária, que reúne, além de Mercadante, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy , e do Planejamento, Nelson Barbosa . Os dois da equipe econômica já saíram do local sem que qualquer anúncio fosse feito.

A redução das despesas e o enxugamento da máquina pública, também nos planos do governo, têm dois objetivos. O primeiro é criar ambiente para negociar com o Congresso , que exigiu que o Executivo primeiro cortasse sua própria carne antes de propor aumento de impostos.

O segundo é correr para apresentar medidas que evitem o rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco Fitch e Moody's, depois que a Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil esta semana.

O que se quer é mostrar que o governo está disposto a anunciar medidas o mais rápido possível. Por isso, ao contrário do que se esperava, conforme as decisões forem sendo avalizadas pela presidente, elas serão comunicadas.

As primeiras medidas já devem ser anunciadas na próxima semana. Inicialmente, a expectativa era de que o governo divulgasse um "pacotão" com medidas.

Para reforçar a arrecadação de 2016, que tem uma previsão orçamentária de R$ 30,5 bilhões deficitária, além de um aumento na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, o Executivo está discutindo o encaminhamento da Medida Provisória 691, que autoriza a União a vender imóveis de sua propriedade, incluindo os terrenos da Marinha.

Outro ponto que está em discussão pelo governo é o corte de cargos comissionados e a criação de um aplicativo para o transporte de servidores federais, que contrataria uma frota terceirizada única.

São Paulo – Em entrevista a três jornais ontem, a presidente Dilma Rousseff admitiu que foi um erro demorar para perceber a real gravidade da crise econômica que assola o país. “Talvez, tivéssemos que ter começado a fazer uma inflexão antes”, disse a presidente aos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o Globo.  A presidente também disse que foi surpreendida com o envolvimento de militantes do Partido dos Trabalhadores ( PT ) no esquema de corrupção da Petrobras . As declarações foram feitas algumas horas depois que o vice-presidente da República, Michel Temer, abdicou do posto de articulador político do governo - agora, ele ficará responsável pelas questões macropolíticas que pautam as relações do Planalto com os outros poderes.  Outros depoimentos foram dados pela presidente na manhã desta terça-feira, 25 de agosto, às rádios Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, região do interior de São Paulo. Antes de embarcar para Catanduva (SP), onde entregou novas unidades do Minha Casa Minha Vida, Dilma afirmou que o ano que vem não será dos melhores para o Brasil. "Espero que a situação melhore no futuro, mas não tem como garantir que 2016 será maravilhoso", diz.  Veja, nas imagens, os principais momentos da conversa da presidente com os jornalistas.
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