Brasil

Conheça os três ministros anunciados por Bolsonaro nesta quarta (28)

Gustavo Canuto, Marcelo Álvaro Antônio e Osmar Terra se juntam ao primeiro escalão do governo Bolsonaro, que está perto de ser concluído

Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto; Marcelo Álvaro Antônio e Osmar Terra: os novos ministros de Bolsonaro (EXAME/Agência Brasil/Agência Câmara)

Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto; Marcelo Álvaro Antônio e Osmar Terra: os novos ministros de Bolsonaro (EXAME/Agência Brasil/Agência Câmara)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 17h36.

Última atualização em 28 de novembro de 2018 às 20h49.

São Paulo - A montagem da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) está quase concluída com o anúncio de mais três nomes nesta quarta-feira (28).

Após falar em reduzir as 29 pastas atuais para 15, o presidente eleito disse hoje que o número pode ficar em 22.

São esperadas mais duas indicações, no mínimo: Meio Ambiente e Minas e Energia. A promessa é fechar a lista na semana que vem.

Veja os nomes indicados hoje:

Ministério da Cidadania e Ação Social: deputado Osmar Terra (MDB)

Osmar Terra é anunciado como futuro ministro da Cidadania de Bolsonaro

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) ocupará a pasta responsável por programas como Bolsa Família e pelas secretarias de Desenvolvimento Social e do atual Ministério do Trabalho.

Ainda não está definido se ela vai incorporar Direitos Humanos e a Secretaria das Mulheres ou se elas terão uma pasta própria.

O nome dele é uma indicação da bancada social, que reúne parlamentares da área. Ele assumiu a pasta do Desenvolvimento Social em maio de 2016 e deixou o cargo em abril deste ano para concorrer à reeleição na Câmara.

Nascido em Porto Alegre, Terra é médico com mestrado em Neurociência e filiado do MDB desde 1986.

Entre 1993 e 1996, foi prefeito de Santa Rosa, além de ter atuado como secretário de Saúde do Rio Grande do Sul.

Terra está na Câmara dos Deputados desde 2001, de onde se licenciou para integrar o governo Temer.

Ministério do Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto

Gustavo Canuto, novo ministro do Desenvolvimento Regional

O novo ministério do Desenvolvimento Regional será resultado da fusão dos ministérios de Cidades e Integração Nacional.

Canuto, que foi chefe de gabinete da Integração Nacional por dois anos, foi nomeado em agosto como secretário-executivo da pasta.

Segundo seu perfil na página do Ministério, ele é integrante da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) e não tem filiação partidária.

Sua trajetória incluiu passagens pelas Secretarias de Aviação Civil e Geral da Presidência da República, além da Agência Nacional de Aviação Civil.

Canuto é graduado em Engenharia de Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).

Ministério do Turismo: deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL)

Marcelo Alvaro Antônio é o novo ministro do Turismo do governo Bolsonaro

O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) será o segundo ministro filiado ao partido do presidente eleito. O primeiro é o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

Aos 44 anos de idade, Marcelo Antônio se reelegeu para a Câmara dos Deputados neste ano com mais de 230 mil votos — a maior votação obtida em Minas Gerais por um candidato a deputado federal.

Presidente do PSL mineiro e integrante da frente religiosa, ele tem o combate à corrupção entre as suas principais bandeiras. Entre 2012 e 2014, foi vereador de Belo Horizonte.

Equipe

Além dos três nomes acima, Paulo Guedes está definido para o “superministério” da Economia que reunirá Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços e o juiz federal Sérgio Moro vai comandar outro “superministério”, o da Justiça e da Segurança Pública.

São quatro ministros militares anunciados até agora. O engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas vai comandar o Ministério da Infraestrutura, que reunirá Transportes, Portos, Aeroportos e Aviação Civil.

O General Augusto Heleno vai para o Gabinete de Segurança Institucional, o General Azevedo e Silva para a Defesa e o General de Divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz será ministro da Secretaria de Governo.

Gustavo Bebianno será o ministro da Secretaria-Geral e o ex-astronauta Marcos Pontes vai para o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Foram confirmados também três nomes do Democratas: o deputado Onyx Lorenzoni chefia a transição e vai para a Casa Civil, Tereza Cristina, presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), vai para o Ministério da Agricultura, e o deputado Luiz Henrique Mandetta vai para a Saúde.

O filósofo Olavo de Carvalho indicou dois nomes: Ernesto Araújo para o ministério das Relações Exteriores e Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação.

André Luiz de Almeida Mendonça será mantido na Advocacia Geral da União e Wagner de Campos Rosário seguirá como Ministro da Controladoria Geral da União.

Roberto Campos Netto será o indicado para presidência do Banco Central, que manterá status de ministério enquanto não tiver sua independência formalizada, segundo informações da equipe.

(Com agências)

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroGustavo CanutoJair BolsonaroMarcelo Álvaro AntônioMinistério da Cidadania e Ação SocialMinistério do Desenvolvimento RegionalOsmar Terra

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais