Levy afirmou também que o Brasil está acertando seus preços relativos na tentativa de favorecer a produção e o crescimento (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2015 às 11h41.
Rio - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira, 17, que um dos principais desafios da economia brasileira é acomodar o volume de gastos da União sem inviabilizar o crescimento.
Levy, porém, se mostrou otimista com a tarefa e afirmou que o Brasil pode crescer sem depender de um ciclo de alta de commodities.
"Vamos ter que trabalhar e vencer os desafios fiscais. A gente vê o crescimento dos gastos obrigatórios, quer sejam com pessoal, quer com seguro-desemprego, da Previdência Social. Como acomodar todos esses gastos sem chegar a uma carga tributária que nos inviabilize é o grande desafio", disse o ministro durante a abertura da 157ª reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Rio.
"Vivemos um momento de transição na economia. É um momento que precisamos ter bastante clareza e determinação. Mas o Brasil tem tudo para conseguir também crescer sem precisar de apenas um ciclo de commodities", afirmou.
Preços relativos
Levy afirmou também que o Brasil está acertando seus preços relativos na tentativa de favorecer a produção e o crescimento.
Mas, para isso, é preciso balancear entre a competitividade dos setores e o bem-estar a população, destacou.
"Temos sempre que balancear entre a competitividade de um setor e o bem-estar da população local", disse Levy. "O Brasil está acertando os preços relativos no sentido de favorecer a produção e o crescimento. No começo há uma transição, é um pouco difícil. Acelerar essa transição ajuda, pode ser um reequilíbrio bastante interessante em termos de tributação", acrescentou o ministro.