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Tether cria política de congelamento de ativos de criminosos; valor chega a R$ 2 bilhões

Iniciativa faz parte de parceria com autoridades do governo dos Estados Unidos e envolve stablecoin USDT, que é pareada ao dólar

Tether é responsável pela emissão da stablecoin USDT (Reprodução/Reprodução)

Tether é responsável pela emissão da stablecoin USDT (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 18 de dezembro de 2023 às 15h02.

A Tether revelou na última sexta-feira, 15, mais informações sobre um programa de congelamento de fundos de usuários da USDT, uma stablecoin pareada ao dólar. A operação é fruto de uma parceria com o governo dos Estados Unidos e tem como alvo pessoas sancionadas pelo país e que usaram a criptomoeda como forma de burlar as restrições.

Para tentar reduzir esse uso, a Tether criou em 1º de dezembro deste ano uma "política de congelamento de carteiras" em que confisca os fundos em USDT que estão armazenados em carteiras digitais associadas a pessoas e grupos sancionados pelo governo dos EUA ou que tenham cometido alguma atividade ilegal.

O projeto é descrito como um "movimento robusto para proteger os usuários e manter a integridade do ecossistema da stablecoin". Ele possui parcerias com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o Serviço Secreto e o FBI, com foco em "combater atividades ilegais e ajudar na recuperação de fundos".

"A Tether aspira estabelecer novos padrões da indústria através de seu compromisso com a segurança, conformidade regulatória e apoio à aplicação da lei, na esperança de estabelecer essas práticas como normas dentro da indústria de criptomoedas", destaca a empresa.

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Parceria com os EUA

O CEO da Tether, Paolo Ardoino, disse ainda que um dos objetivos da empresa é ajudar no "cumprimento da lei e na expansão da hegemonia do dólar globalmente", caracterizando a USDT como uma "sustentação financeira" do dólar no mercado de criptomoedas.

Entre as práticas que resultam no congelamento de carteiras digitais estão o financiamento ao terrorismo e outras "atividades ilícitas". Uma vez que há a identificação pelas autoridades norte-americanas, a companhia recebe as informações e realiza o congelamento.

Em uma carta enviada para o Senado dos Estados Unidos, a Tether informou que, até o momento, conseguiu congelar cerca de US$ 435 milhões (R$ 2,14 milhões, na cotação atual) em USDT, que estavam armazenadas em 326 carteiras digitais.

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