Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do RJ: "Soluções em blockchain trariam eficiência"
Web3 e soluções em blockchain para serviços do governo estão entre as prioridades do Ministério de Ciência e Tecnologia, conforme revelado em evento
Mariana Maria Silva
Publicado em 5 de setembro de 2022 às 16h33.
Última atualização em 5 de setembro de 2022 às 17h09.
A evolução da tecnologia pode mudar a forma como muitos processos são realizados, incluindo dentro de áreas do governo. Pensando nisso, a Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Rio de Janeiro e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro não puderam ignorar a tecnologia blockchain e a Web3, vista como a nova fase da internet.
Durante o Blockchain.rio, Alessandro Campos revelou detalhes sobre a atuação governamental da tecnologia blockchain. O técnico da coordenação geral de Tecnologias Digitais da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Rio de Janeiro esteve na capital carioca para o evento, que reuniu milhares de pessoas para discutir as mais diversas aplicações do blockchain.
“Nós atuamos de uma forma muito transversal, inclusive intragoverno levando uma demanda específica de um setor de tecnologia para outras áreas, trabalhamos em reuniões junto com os ministérios da Economia, da Indústria, Comércio e Receita Federal, entre outros órgãos”, explicou Campos.
O técnico detalhou que tanto a Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Rio quanto o próprio Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação federal apoiam o desenvolvimento da tecnologia blockchain para que, em algum momento no futuro, soluções propostas neste sentido possam ser utilizadas pelo governo para melhorar suas operações.
“Dentro da nossa alçada, a gente tenta apoiar a área de criptografia de blockchain, de Web 3 com os programas que o próprio Ministério e a Secretaria de Empreendedorismo e Inovação tem para oferecer”.
No momento, as instituições ainda não utilizam ativamente a tecnologia blockchain para otimizar seus serviços, mas segundo Alessandro Campos, a possibilidade não está descartada e já deveria estar em funcionamento. Para o técnico, as vantagens seriam na eficiência, economicidade e transparência.
“Existe muita aplicação que já é passível de implementação praticamente imediata. São soluções que dariam muita eficiência para o governo, economicidade e transparência e que não tem risco, um apelo é mais sensível, não é? A identidade digital brasileira já poderia ter uma solução de implementação do blockchain”, afirmou Campos.
Em sua participação no Blockchain.rio, o técnico mencionou alguns exemplos de aplicações governamentais para a tecnologia blockchain:
“Os registros dos veículos via Detrans ou algumas soluções que o Denatran também demanda não são tão sensíveis, mas eu vejo soluções na área de saúde que já demandam mais cuidados por trabalhar com informações sensíveis de pessoas, a mesma coisa na área da Receita Federal”, disse.
Além disso, mesmo que as fraudes e pirâmides financeiras envolvendo blockchain e criptomoedas preocupem, estas não são exclusivas do setor e é normal que novas tecnologias possam ser utilizadas para o bem e para o mal, segundo Alessandro Campos no Blockchain.rio.
“Eu entendo que, aos poucos, o governo vai se sentir mais seguro e ampliar o uso da tecnologia blockchain. São riscos e oportunidades que iremos melhorar nos próximos anos. Nós temos muitas oportunidades e próximos anos o Brasil, com certeza, tem o direito e a obrigação de ser um dos líderes nessa área, concluiu.
A primeira edição do Blockchain.rio teve quatro dias de duração no Pier Mauá, localizado no centro do Rio de Janeiro. Entre os dias 1º e 4 de setembro, representantes das mais diversas áreas, sejam elas nativas ou não do universo das criptomoedas, se reuniram para debater as aplicações da nova tecnologia em debates, apresentações e premiações.
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