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Runes no bitcoin: 99,5% das criptomoedas criadas após lançamento "fracassaram", revela especialista

Das 20 mil memecoins no bitcoin desde o lançamento do Runes em 20 de abril, apenas 12 possuem atualmente mais US$ 1 milhão em capitalização de mercado

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Cointelegraph
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Publicado em 1 de maio de 2024 às 14h00.

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Um estudo do especialista em Runes e analista da Paradigma Education, Guiriba, revelou que 99,5% das memecoins criadas a partir do novo padrão de tokens do bitcoin não atingiram sequer a marca de pelo menos 500 investidores.

Baseando-se nessa métrica como nota de corte, Guiriba decretou que apenas 77 entre os mais de 20.000 tokens baseados no Runes lançados desde a sexta-feira, 19 de abril, pode ser considerado um "sucesso."

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Ainda assim, trata-se de um sucesso relativo, caso os números sejam analisados com mais profundidade, como fez o analista em uma publicação no X (antigo Twitter) no domingo, 28 de abril. Em sua análise, Guiriba divide os tokens baseados no Runes em duas categorias.

A primeira compreende projetos em que os desenvolvedores inicialmente controlam o suprimento total dos tokens, e o distribuem posteriormente via airdrop, de acordo com critérios de elegibilidade pré-estabelecidos.

A segunda segue um modelo de "lançamento justo", permitindo que qualquer usuário minte os tokens pagando apenas as taxas de rede. Esta categoria permite que os traders apostem no eventual sucesso das memecoins do Bitcoin a um custo relativamente baixo.

Como exemplo, Guiriba cita a criptomoeda SATOSHI NAKAMOTO. "uma emissão de 100 tokens custou US$ 300 e no dia seguinte chegou a valer US$ 900. Hoje, são negociados a US$ 270", disse o analista, deixando os traders momentaneamente no prejuízo.

Em seguida, o analista acrescenta que dos primeiros 20.000 tokens baseados no Runes, apenas 46 superou a marca de 500 investidores – ou seja, 0,2% do total. Além da SATOSHI NAKAMOTO, Guiriba destacou o FEHU como duas moedas que seguiram o modelo de "lançamento justo" e conseguiram atingir uma capitalização de mercado superior a US$ 100 milhões.

No entanto, pouco mais de uma semana depois, a capitalização de mercado da SATOSHI NAKAMOTO recuou para a faixa dos US$ 38 milhões, de acordo com dados do marketplace de Runes Magic Eden.

No início da tarde desta terça-feira, apenas 3 tokens baseados no Runes ostentam uma capitalização de mercado superior a US$ 100 milhões, de acordo com o Magic Eden. O FEHU lidera com US$ 2,4 bilhões, seguido por DOG-TO-THE-MOON, com US$ 318,7 milhões, e RSIC, com US$ 278,7 milhões. Apenas 12, possuem uma capitalização de mercado superior a US$ 1 milhão.

Destaques da primeira semana de vida do Runes, o DOG-TO-THE-MOON e o RSIC foram distribuídos via airdrop para detentores de NFTs das coleções Runestone e RSIC, respectivamente.

Guiriba contabilizou 31 projetos que distribuíram tokens atrelados a coleções de NFTs. "Alguns dos airdrops deram pouca grana – como Rune Guardians –, mas outros performaram relativamente bem – como RSIC e Runestone." Muitas destas coleções atingiram valor de mercado relativamente alto e movimentaram grandes volumes, fazendo com que os valores negociados em marketplaces de NFTs do Bitcon por vezes tenham superado os da Ethereum.

Embora tenham alcançado valorizações razoáveis em antecipação ao lançamento do Runes, os NFTs da grande maioria das coleções "derreteu" após a distribuição dos tokens. Mesmo "projetos que criaram mecanismos para tentar reter seus investidores" foram alvo de liquidações generalizadas, destaca Guiriba.

À primeira vista, os números dos primeiros dias do Runes parecem pouco animadores para os traders que apostaram em uma explosão de memecoins no bitcoin, replicando os hypes testemunhados na Solana e na Base. No entanto, o analista ponderou que o Runes ainda é um protocolo novo e majoritariamente restrito aos "traders nativos de Ordinals."

"Quando os tokens chegarem a corretoras e tivermos mais volume, liquidez e interfaces para negociação, essa realidade pode mudar", concluiu Guiriba.

Runes é um novo padrão de token fungível baseado na rede do bitcoin criado pelo idealizador do Ordinals, Casey Rodarmor, que foi implementado no primeiro bloco após o halving, na virada de 19 para 20 de abril.

Até agora, os mineradores de bitcoin foram os maiores beneficiados pela febre inicial do Runes. As transações do Runes renderam mais de 1.200 BTC em taxas de transação desde o halving.

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