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Regulador internacional de bancos defende regras rígidas para stablecoins

Comitê de Supervisão Bancária da Basileia apresentou propôs 11 critérios para garantir segurança no uso de criptomoedas pareadas a outros ativos

Stablecoins surgiram como alternativa simples para ter exposição ao dólar (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 15h56.

O Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, que é considerado uma espécie de regulador internacional de bancos , divulgou nesta semana uma lista atualizada de critérios para a escolha, adoção e uso de stablecoins , criptomoedas pareadas a outros ativos. Além disso, a organização também recomendou a implementação de regras rígidas para mitigar possíveis "riscos" ligados a esse tipo de ativo.

Na avaliação do comitê, "o uso de blockchains não permissionados [por bancos] dá origem a uma série de riscos únicos, alguns dos quais não podem ser atualmente suficientemente mitigados. Alguns dos riscos mais significativos decorrem da dependência das redes de terceiros para realizar operações básicas".

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"Os bancos têm capacidade limitada para realizar a devida diligência e supervisionar esses terceiros ou evitar possíveis interrupções na rede. Análise semelhante se aplica a riscos políticos e jurídicos e riscos relacionados com a finalidade da liquidação, privacidade e liquidez. O Comité reconhece que as soluções técnicas para muitas destas questões poderão desenvolver-se rapidamente no futuro", pontua a organização.

Entretanto, ela afirma que "neste momento, o comitê não propõe qualquer ajustes no padrão de criptoativos para permitir a inclusão de criptoativos que utilizam blockchains", se referindo ao uso de moedas digitais como ativos de exposição para instituições bancárias.

Critérios para adoção de stablecoins

No caso da exposição e adoção de stablecoins, o Comitê de Basileia defende que os bancos precisam estar atentos a elementos ligados à composição das reservas que garantem a paridade da moeda a outro ativo e à existência de testes que comprovem a resiliência da stablecoin para manter essa paridade.

Na avaliação do comitê, existem hoje "riscos significativos" que podem impedir a garantir de paridade nas stablecoins, o que demanda a implementação de critérios mais rígidos na escolha desses ativos. Ao todo, são 11 critérios:

Caso a criptomoeda atenda a esses 11 requisitos, ela poderia ser adotada como ativo de reserva pelos bancos. Sobre o último ponto, o comitê explica que as stablecoins "que não estão atrelados a moedas devem incluir em grande parte ativos com o mesmo perfil de risco que o(s) ativo(s) de referência e, portanto, deve consistir predominantemente no ativo(s) de referência. Isto pode garantir a melhor correlação entre o valor de mercado do criptoativo e o(s) ativo(s) de referência".

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