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Protocolo comunitário quer limpar toneladas de CO2 usando o blockchain

Organização descentralizada busca transformar a economia do carbono e remover as burocracias que representam travas para um futuro sustentável por meio do blockchain

A Solid World é uma organização autônoma descentralizada no blockchain (JarnoVerdonk/Mark Fox/Getty Images)

A Solid World é uma organização autônoma descentralizada no blockchain (JarnoVerdonk/Mark Fox/Getty Images)

Uma organização em blockchain está buscando novos projetos no Brasil para investir na preservação do meio ambiente. Por meio de uma plataforma de pré-certificação para créditos imediatos de carbono, a Solid World vai usar a tecnologia blockchain para tornar a compensação de carbono mais rápida e sem burocracias.

A organização autônoma descentralizada (DAO) pretende limpar meio milhão de toneladas de CO2 nos próximos anos, como uma forma de “reformular a economia do carbono”, segundo um comunicado.

Trata-se de uma solução para permitir que projetos de compensação de carbono tenham acesso a um financiamento antes mesmo da certificação, processo que é burocrático e pode levar até cinco anos. A Solid World realizará então a pré-venda e a tokenização dos créditos de carbono. Em troca, os investidores recebem o rendimento de todas as taxas que o protocolo coleta.

“Planejamos apoiar projetos comprando cerca de meio milhão de créditos de carbono globalmente no primeiro ano e depois aumentar exponencialmente os investimentos. As florestas, como a Amazônia e outros biomas, ajudam no sequestro de carbono e, portanto, a Solid World financiará projetos de economia de florestas pré-comprando seus créditos de carbono”, antecipa Stenver Jerkku, fundador da Solid World, que foi um dos desenvolvedores do primeiro satélite espacial estoniano, o ESTCube-1, e também é fundador e diretor de blockchain da eAgronom, empresa com sedes na Estônia, Letônia, Polônia e Austrália.

Sob os princípios de descentralização da tecnologia blockchain, a organização explora uma estratégia de “financiamento regenerativo”, que busca utilizar os mercados financeiros para direcionar seus investimentos e atenção para a sustentabilidade.

A Solid World já conta com parceiros no ramo de compensação de carbono, principalmente nas áreas de agricultura e silvicultura, onde pretendem adaptar seus mais de 2,5 milhões de acres para qualificá-los para a venda de créditos de carbono.

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