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Presidente do Banco Central quer "superapp" de finanças integrado com inteligência artificial

Ideia de um único aplicativo bancário tem sido desenvolvida pelo presidente da autarquia depois de sucessos como o Pix, Open Finance e Drex, e pode incluir IA

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andressa Anholete/Bloomberg via/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andressa Anholete/Bloomberg via/Getty Images)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 24 de julho de 2024 às 16h46.

Última atualização em 24 de julho de 2024 às 18h02.

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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, esteve à frente da autarquia no lançamento e desenvolvimento de uma agenda de inovação que colocou o país na vanguarda da tecnologia financeira com projetos como Pix e Drex. Depois que a transformação digital estiver concluída no Brasil, de acordo com Campos Neto, devemos ter um “superapp” bancário.

O aplicativo único incluiria todas as contas bancárias, com dinheiro digital como o Drex e também o analógico com diversas funcionalidades. A ideia pode incluir o uso de inteligência artificial (IA), tecnologia que tem despontado nos últimos anos após o sucesso do ChatGPT.

Superapp bancário

“Pensando como seria um agregador dos serviços financeiros do futuro, a gente já desenhou isso tem algum tempo e gerou um choque, mas é pensando como seria um marketplace de finanças”, explicou Campos Neto em sua participação no Blockchain Rio, evento focado em tecnologia e criptoativos que ocorre no Rio de Janeiro entre 24 e 25 de julho.

“Você teria apenas um aplicativo no seu celular com os bancos A, B e C e suas contas. Você iria escolher se quer fazer débito ou crédito, um Pix. Com isso, vai abrir todos os seus saldos no banco, atualizar as taxas daquela transação em tempo real. Falando em investimentos, se você tem uma carteira de ações o banco vai te mandar uma mensagem falando ‘olha, eu faço um preço melhor’. Ou seja, você vai ter comparabilidade e portabilidade em tempo real, vai inserir seguros e outros produtos também, você vai poder ter dinheiro digital ou analógico entre Drex e Real, entre outros, tudo centralizado, maximizado e a ideia é que em algum momento você consiga construir a sua carteira de dados, online e offline”, acrescentou.

Campos Neto também propôs que usuários tivessem múltiplas carteiras, como uma forma de elevar a segurança de seu dinheiro.

“Como se você tivesse aquela carteira que você tem um pouco menos de dinheiro para você andar na rua e fazer pagamentos, com um nível se segurança diferente para pequenos volumes em transações offline”, disse Roberto Campos Neto durante sua palestra no Blockchain Rio.

Para ele, o superapp também pode incluir o uso de inteligência artificial. "Em algum momento vamos ter um superapp onde você vai conseguir ligar com uma inteligência de dados e inteligência artificial", disse.

“A gente imagina que em um futuro muito próximo as pessoas não vão mais ter vários aplicativos de banco, vai haver algum tipo de agregador, com a vantagem de ter dados agregados. Mas a gente precisa levar tudo isso para um próximo passo, que é fazer tudo isso tokenizado. E é aí que entra o Drex”, acrescentou ele.

O Drex é um dos projetos atuais mais importantes do Banco Central e trabalha o desenvolvimento de uma versão completamente digital do real, baseada em rede DLT, similar ao blockchain. Em fase de testes, a autarquia ainda conta com o apoio de grandes empresas e instituições financeiras como Microsoft, BTG Pactual e Itaú no projeto piloto.

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