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Presidente do Banco Central confirma lançamento de Real Digital em 2024

Em desenvolvimento, testes do Real Digital serão feitos em 2023 para que a moeda digital brasileira possa ser lançada para a população em 2024, confirma Roberto Campos Neto

Real Digital será lançado em 2024 para população (Priscila Zambotto/Getty Images)

Real Digital será lançado em 2024 para população (Priscila Zambotto/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 11h18.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, anunciou que o lançamento oficial do Real Digital para a população, pode ocorrer já em 2024. Segundo confirmou o presidente, os testes da CBDC nacional começam já em 2023, com previsão de uma implementação gradativa para a população a partir de 2024.

Campos Neto fez o anúncio durante um evento do portal Poder360 e destacou que a arquitetura de tokenização de depósitos, que será implementada no sistema da CBDC nacional, é única e, após proposta pelo BC brasileiro, tem sido implementada por outros Bancos Centrais pelo mundo.

“Quando a gente falou isso pela primeira vez, era visto como uma coisa muito diferente e muito fora do padrão. No final, nos sentimos lisonjeados por pensar em um sistema que agora outros bancos centrais estão pensando também", afirmou.

Na proposta de CBDC que será implementada pelo BC, os depósitos tokenizados transformam o depósito dos bancos em tokens que podem então ser usados em diversas aplicações de DeFi, entre outras. Basicamente funcionam como uma stablecoin que tem seu valor atrelado ao Real Digital na proporção 1:1.

(Mynt/Divulgação)

Real Digital

Ainda segundo Campos Neto, embora a previsão de lançamento do Real Digital esteja programada para 2024, atrasos e outras situações imprevisíveis podem atrasar o lançamento. No entanto, a proposta é um primeiro lançamento para a população até o final de 2024.

Ele também destacou que o Real Digital é parte de uma agenda mais ampla de digitalização e 'descentralização' da economia que integra as ações do BC#, incluindo também o Pix e o Open Finance. Portanto, após lançado, o próximo passo do Real Digital será sua integração com os demais itens da agenda de inovação, como o Pix.

“É muito importante ele ser programável para você conseguir colocar novas funcionalidades, no Pix, em tese, você consegue colocar um smart contract em cima.”

Comentando sobre a CBDC nacional, Gabrielle Hernandes, sócia-diretora da KPMG e Thiago Rolli, sócio da KPMG, o Real Digital trará eficiência nos meios de pagamento, por meio da digitalização dos processos, para complementar a atuação do PIX e integrando as finanças decentralizadas.

Eles também ressaltam que o modelo previsto pelo Banco Central brasileiro demandará esforços tanto do regulador quanto dos entes envolvidos para uma implementação eficaz.

"O que percebemos é que a agenda regulatória está impulsionando a disrupção no mercado com a implementação do CDBC no contexto brasileiro, considerando os modelos de negócio que serão gerados no ecossistema financeiro", afirmou.

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