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Os próximos passos do criador do Mercado Bitcoin, a maior corretora cripto do Brasil

Após criar Mercado Bitcoin, executivo desenvolve novo negócio em Harvard e recebe investimento de US$ 1 milhão

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 14 de outubro de 2024 às 09h30.

Última atualização em 14 de outubro de 2024 às 13h40.

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Criado em 2013, o Mercado Bitcoin se tornou a maior corretora brasileira de criptomoedas. O responsável por isso foi Rodrigo Batista, graduado em Administração pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA USP). Após comprar seu primeiro bitcoin por US$ 4 em 2012, Rodrigo acumulou uma vasta experiência de sucesso no setor com o Mercado Bitcoin, a qual busca ampliar em um novo negócio que desenvolveu durante um curso em Harvard há dois anos.

A Digitra.com, seu novo negócio após vender o Mercado Bitcoin em 2019, também é uma corretora de criptomoedas, mas com foco global e que pretende facilitar a usabilidade e a experiência de investidores.

Investimento de US$ 1 milhão

Recentemente, a Digitra.com anunciou um investimento de US$ 1 milhão da 4Equity Media Ventures. Renato Mendes, cofundador da 4Equity Ventures, afirmou que a empresa já buscava a exposição em blockchain e criptomoedas, e encontrou no negócio de Rodrigo Batista uma oportunidade.

“Queríamos ter exposição, mas por não sermos experts, temos dificuldade em selecionar a alocação desses recursos”, explicou Renato em entrevista à EXAME.

“Tinha uma intenção no nosso lado, dentro da nossa tese, de ter uma exposição em cripto e blockchain. Quando você olha para esse mercado, é tudo muito novo e complicado. A principal questão que incentivou nosso investimento é a experiência do Rodrigo. Ele é o criador da maior corretora de cripto da América Latina. Então em um setor que tem tantos aventureiros, ter alguém como o Rodrigo é muito único”, acrescentou.

Os recursos do investimento de US$ 1 milhão, o equivalente a R$ 5,6 milhões na cotação atual do dólar, será utilizados para a divulgação da Digitra.com e seu token, o DGTA. Desde o lançamento, a empresa afirma não ter feito investimentos diretos em mídia, mas já conta com clientes ativos em 188 países.

Do 1º bitcoin em 2012 ao empreendedorismo em Harvard

Em entrevista à EXAME, Rodrigo Batista contou que conheceu o bitcoin durante sua passagem pelo banco Morgan Stanley, ao ler uma revista em 2011. Pouco tempo depois, Batista comprou seus primeiros bitcoins e em seguida criou o que seria a maior corretora brasileira de criptomoedas.

“Quando eu criei o Mercado Bitcoin em 2013, eu acreditava bastante nesse mercado, mas ele era completamente insano e precisava de profissionalização. Eu gosto muito de administração de empresas, e no Mercado Bitcoin primeira coisa que eu fiz foi contratar empresas de segurança, trouxe um professor da FEA para ser meu sócio, o André Oda. Montamos o negócio pensando que se isso der certo vai precisar de governança e segurança lá na frente. Trouxemos seriedade para esse projeto, e ter 1,2 milhões de clientes cadastrados não é algo muito comum no brasil em um intervalo de 6 anos. Trouxe muito dessa experiência para cá”, disse ele.

Em 2019, após vender o Mercado Bitcoin, Batista foi realizar um curso de empreendedorismo em Harvard, onde criou a Digitra.com para uma competição de projetos a qual foi finalista.

“Queria algo que fosse global, com um grande alcance, trouxesse mais acesso de cripto às pessoas. Demorou um pouco para o projeto começar a ganhar tração. Fui um dos finalistas do campeonato. Depois, comecei a executar o projeto até que lancei a primeira parte em 2021 e o aplicativo em 2022. Desde então temos conseguido bastante sucesso, viramos uma empresa global, apesar de nova. Temos clientes em 188 países”, disse Rodrigo Batista à EXAME.

A inspiração para a Digitra.com foi inusitada, contou Rodrigo. Baseado nos mecanismos de gamificação e fidelidade do aplicativo de ensino de línguas Duolingo, Rodrigo criou a Digitra.com e o token DGTA, que é distribuído como recompensa aos usuários.

Próximos passos

“O que estou construindo não é uma empresa financeira, é um ‘Duolingo’. A melhor experiência, mas que não existe dentro do mundo financeiro. Vamos implementar rankings de quem opera mais, incentivo para quem entrar todo dia e interagir. Tem muita coisa dentro desse universo e com educação para as pessoas usarem melhor o seu dinheiro”, disse ele em entrevista à EXAME.
“É uma oportunidade muito boa de fazermos uma gamificação e fazer com que o usuário passe por uma maior educação do que fazer com o dinheiro. Essa é uma necessidade global. Quando eu vejo o uso da nossa plataforma tenho a certeza de que vamos atingir isso”, concluiu.

Além das melhorias no aplicativo, Rodrigo também compartilhou com a EXAME o objetivo de fazer a Digitra.com se tornar uma empresa lucrativa já no começo de 2025.

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