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Mineração de bitcoin consome 16 mil litros de água por transferência, diz pesquisador

Levantamento aponta que equivalente a uma piscina cheia de água é consumida para processar cada transação na rede da criptomoeda

Impacto ambiental da indústria de criptomoedas se tornou ponto de atenção nos últimos anos (Reprodução/Reprodução)

Impacto ambiental da indústria de criptomoedas se tornou ponto de atenção nos últimos anos (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 16h08.

Última atualização em 1 de dezembro de 2023 às 16h26.

O pesquisador Alex De Vries, conhecido por ser um crítico do bitcoin, publicou nesta semana um artigo científico com dados que indicam que, para cada operação processa na rede blockchain da criptomoeda, são gastos 16 mil litros de água, equivalente a uma pequena piscina de natação.

Segundo De Vries, o consumo de água ocorre devido à demanda de sistemas de resfriamentos para as máquinas usadas no processamento das transferências, um processo conhecido como mineração. Há, ainda, o consumo de água das fontes de energia dessas máquinas.

A pesquisa não é a primeira vez que De Vries busca dimensionar as transferências de bitcoin. Em seu site Digiconomist, ele projeta que, atualmente, uma transferência da criptomoeda possui o mesmo impacto ambiental de 808 mil transações na rede da Visa ou de passar 60 mil horas assistindo a vídeos no YouTube.

Em 2017, De Vries chegou a projetar que o bitcoin igualaria até 2020 todo o consumo de energia do mundo, o que acabou não se concretizando. Ao mesmo tempo, as estimativas de impactos ambientais ligados à criptomoeda ainda não são um consenso entre pesquisadores.

O Centro para Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge argumenta, por exemplo, que a adição de mais equipamentos de mineração e um aumento no consumo de energia não impactam no número de transferências processadas.

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Impacto ambiental do bitcoin

Por mais que projeções como a de De Vries rendam críticas e polêmicas, o impacto ambiental se tornou uma preocupação crescente no mercado das criptomoedas, com críticas sobre contribuições às mudanças climáticas com emissões de gases de efeito estufa. Nos últimos anos, diversas redes blockchain foram lançadas com a missão de reduzir emissões e impacto por operações.

No caso do bitcoin, dados da Universidade de Cambridge indicam que, nos últimos anos, fontes renováveis de energia e com impacto ambiental passaram a ganhar espaço no fornecimento de energia para as operações de mineração da criptomoeda, com destaque para a energia hidrelétrica.

No X, antigo Twitter, Daniel Batten, fundador de uma startup de remoção de gás metano da atmosfera, criticou De Vries: "Agora que está claro que a principal fonte de energia do bitcoin não é o carvão (como De Vries havia afirmado falsamente), mas a energia hidrelétrica, o bitcoin de repente é ruim por usar muita água".

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