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Metade dos líderes financeiros mundiais já usam ou pretendem usar criptomoedas

Pesquisa aponta que aceitação e otimismo em torno das criptomoedas por grandes empresas cresceram nos últimos meses

Líderes financeiros estão mais otimistas em relação às criptomoedas (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de setembro de 2023 às 10h11.

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela empresa Ripple revelou que pouco mais da metade dos principais líderes financeiros globais já usam ou pretendem adotar soluções envolvendo criptomoedas em seus negócios. Além disso, a visão sobre esse setor melhorou nos últimos meses.

De acordo coma pesquisa, metade dos entrevistados apontou que já possui soluções com criptomoedas em suas empresas ou estão no processo de implementá-las. Além disso, três quartos dos entrevistados demonstraram uma abertura para explorar a tecnologia cripto nos próximos anos.

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Entre os entrevistados, 88% acreditam que a tecnologia blockchain e o mercado cripto terão um impacto "significativo ou imenso" nos negócios, finanças e na sociedade nos próximos três anos. Os ativos tokenizados , incluindo NFTs, stablecoins e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) também foram citados como tendo alto impacto potencial.

Segundo a Ripple, a América Latina é a região mais otimista em relação aos usos empresariais e institucionais de criptomoedas em negócios, seguida pelo Oriente Médio e Norte da África, pela América do Norte, pela Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e África.

"Nossa pesquisa não apenas mostra que a grande maioria dos os líderes financeiros globais confiam na tecnologia cripto, mas aqueles que têm mais experiência ou conhecimento com o tecnologia ficam ainda mais otimistas depois de usar ou implementando uma solução cripto", destaca a empresa.

Entre os benefícios mais citados pelos entrevistados estão uma melhora na segurança de dados e privacidade, uma maior automação e velocidade em processos, uma flexibilidade e disponibilidade financeira mais amplas e uma possibilidade de criar novos fluxos de receita e oportunidades de mercado para companhias.

Ao mesmo tempo, preocupações em torno de privacidade, falta de uma regulamentação clara, gestões de risco e a volatilidade de preços foram citadas como as maiores barreiras para a intensificação da adoção de criptomoedas. Mesmo assim, a Ripple vê um "otimismo mais amplo" entre os entrevistados.

Potencial da tokenização

Quanto aos ativos tokenizados, a comparação com pesquisas realizadas em outros anos mostram que os entrevistados esperam agora um impacto maior das CBDCs - caso do Drex no Brasil - na economia nos próximos anos. Já a projeção de impacto para as stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos, como o dólar - caiu.

Os casos de uso para CBDCs e stablecoins mais citados foram os pagamentos transfronteiriços e pagamentos diretos entre consumidores e comércios. Já no caso dos NFTs , o caso de uso mais citado foi de aplicação no metaverso e em eventos, em especial como ingressos.

A pesquisa apontou ainda que "tempos de pagamentos/liquidação mais rápidos e economia de custos são as maiores propostas de valor para incorporar cripto em pagamentos transfronteiriços para empresas e profissionais de pagamentos/tesouraria em instituições financeiras - independentemente da região e do nível de familiaridade com cripto".

Além disso, dois terços dos entrevistados disseram que a sua confiança em relação as soluções que usam criptomoedas aumentou nos últimos 12 meses, e três quartos apontaram um aumento de confiança nos últimos seis meses. Para 77% dos entrevistados, os principais sentimentos sobre esse mercado são de animação, confiança e otimismo.

O segmento de bancos digitais e fintechs foi o mais citado em relação ao potencial de impacto de criptomoedas nos próximos três anos (37% do total), seguido por pagamentos de pessoa a pessoa ou agregadores (32%), tecnologia (31%), serviços bancários de varejo ou comerciais (28%) e transferências de dinheiro e serviços de pagamento (27%).

Ao todo, a Ripple entrevistou 869 líderes de instituições financeiras e 850 líderes de empresas de 14 países em janeiro de 2023, mês de referência para o estudo.

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