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Mercado Bitcoin troca Corinthians por time próprio, gerido por torcedores

Maior corretora de criptomoedas do Brasil vai encerrar patrocínio com o Corinthians para focar em time próprio, que será lançado na Copa do Mundo do Catar; fãs vão escolher nome, cores, escudo e outros detalhes

Time tem nome provisório de Metaverse DAO Football Team até que o nome definitivo seja votado por fãs (Fernando Torres/CBF/Agência Brasil)

Time tem nome provisório de Metaverse DAO Football Team até que o nome definitivo seja votado por fãs (Fernando Torres/CBF/Agência Brasil)

A corretora Mercado Bitcoin quer mostrar para os brasileiros que as criptomoedas e o futebol podem estar mais ligados do que se imagina, e não mede esforços para isso. A empresa anunciou nesta sexta-feira, 27, que vai lançar na Copa do Mundo do Catar o primeiro time de futebol cuja gestão é feita totalmente via tecnologia blockchain.

Apesar da abordagem tecnológica, o time vai ser da forma como conhecemos. Jogadores reais e um treinador serão contratados para competir nos principais campeonatos brasileiros. A diferença, no entanto, é que tudo será determinado pelos investidores do Mercado Bitcoin.

Cada um dos clientes cadastrados na corretora vai receber um token de governança do Metaverse DAO Football Team, nome provisório do time até que seja realizada a votação para escolha do nome oficial. Serão emitidos 100 milhões de tokens, dentre os quais 3,5 milhões serão distribuídos entre os investidores do Mercado Bitcoin.

Em posse dos tokens, será possível votar na escolha do nome, cores, escudo e a cidade onde será baseado, sem contar a gestão estratégica e financeira do clube, que também está inclusa nas votações. O modelo foi classificado pela empresa como um “turbo fan token”.

“Queremos mostrar que existe uma maneira muito mais inteligente de gerir uma equipe”, explicou Sérgio Veiga, diretor de patrocínios do Mercado Bitcoin.

A única parte que ficará fora da escolha da comunidade digital de sócios-torcedores serão as escolhas de dentro de campo: escalação do time, treinamentos, escolha sobre substituições e decisão sobre quem bate pênaltis, por exemplo, que ficarão a cargo do técnico da equipe.

(Mynt/Divulgação)

Além disso, os tokens poderão trazer retorno sobre o investimento aos seus proprietários. O modelo de governança escolhido para o time é conhecido no universo das criptomoedas pela sigla DAO, que significa “Organização Autônoma Descentralizada”. Nele, os investidores possuem direto à voto e podem lucrar com a própria valorização do token.
No entanto, o destino dos lucros gerados pelo Metaverse DAO Football Team será mais uma das decisões tomadas coletivamente. Isso porque caberá aos donos dos tokens decidirem se querem dividí-los entre si, ou se vão mantê-los como patrimônio do time, possibilitando novas contratações de jogadores, por exemplo.

Em busca de decisões justas e igualitárias que defendam realmente os principais interesses da maioria, será criado uma espécie de teto de valor. Assim, mesmo que um investidor tenha uma grande quantidade de tokens, ele não poderá utilizá-los para opinar arbitrariamente nas votações.

O lançamento oficial será durante a Copa do Mundo FIFA, no final de 2022, quando os primeiros tokens serão lançados.

"A expectativa é definir em janeiro de 2023 a comissão técnica, para fazer entre março e junho, uma peneira nacional, passando por todos os estados brasileiros em busca de talentos para formar as equipes sub-21, tanto masculino quanto feminino", explicou Sérgio Veiga.

O objetivo do Metaverse DAO Football Team é começar a competir em 2024. As duas categorias, de futebol masculino e feminino, deverão ser tratadas como prioridade e haverá uma política salarial igualitária independente de gênero, posição ou destaque.

A primeira competição que o clube tem a intenção de participar é a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2024. E ela deverá ser a primeira de muitas, já que a ideia é que as equipes subam degraus até chegar às divisões superiores do futebol brasileiro.

A criação do time, que surgiu a partir dos fan tokens do Vasco e do Santos, de acordo com Veiga, marca uma diminuição da exposição do Mercado Bitcoin ao futebol tradicional. A empresa deixará de estampar a camisa do Corinthians a partir de junho "para focar sua energia no time que está começando", afirma o diretor de patrocínios da corretora de criptomoedas.

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