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O JPMorgan, um dos maiores bancos de investimento do mundo, desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial que consegue analisar declarações e discursos dos integrantes do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve para detectar possíveis impactos dos seus posicionamentos no comportamento dos investidores.

A Bloomberg informou que o banco de investimento está usando um modelo de linguagem baseado no ChatGPT para analisar os discursos do Fed. Os sinais obtidos a partir da análise da política monetária da autarquia serão classificados em uma escala de frouxa a restritiva, resultando no que o banco chamou de pontuação Hawk-Dove.

O termo “hawkish” é usado ao analisar política monetária e se refere a uma postura mais restritiva, e, portanto, ao aumento das taxas de juros para manter a inflação sob controle. O oposto é conhecido como “dovish”, que indica uma política monetária expansionista e taxas de juros mais baixas.

A ferramenta de inteligência artificial vai oferecer aos analistas do banco uma forma de antecipar potenciais mudanças na política monetária do Fed que possam influenciar os mercados. “Os testes preliminares são encorajadores”, disse o economista do JPMorgan, Joseph Lupton.

A ferramenta pode ser usada para prever mudanças na política restritiva atual do Federal Reserve. Declarações que sugerem políticas restritivas, por exemplo, podem resultar em rendimentos crescentes em títulos de um ano do governo dos Estados Unidos, mas também em recuo nas ações das bolsas do país devido à saída de investidores.

De acordo com o modelo do JPMorgan, que analisa declarações oficiais do Fed proferidas nos últimos 25 anos, o sentimento da autarquia sobre a inflação e o ciclo de juros tem flutuado recentemente, mas permanece predominantemente hawkish. Ou seja, favorável à manutenção da política de aumento das taxas de juros.

Espera-se que o Federal Reserve aumente a taxa de juros do país em mais 0,25 ponto percentual em maio, para o intervalo entre 5% e 5,25%. Um aumento de 10 pontos na pontuação Hawk-Dove do JPMorgan, por exemplo, indica uma chance de 10% de que haverá um aumento da taxa de juros na próxima reunião do Fed.

JPMorgan e inteligência artificial

O gigante de investimentos tem mostrado interesse em aplicativos de inteligência artificial e em como usá-los para seu próprio benefício. Entretanto, ele ainda não permite que seus funcionários os usem. Em fevereiro, a empresa restringiu o uso do ChatGPT , de acordo com reportagens sobre o assunto.

Nenhum incidente em particular motivou a decisão de bloquear o acesso dos funcionários ao popular chatbot. Outras empresas fizeram movimentos semelhantes. Em uma carta anual enviada aos acionistas no início de abril, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, revelou que o banco está explorando mais de 300 casos de uso de inteligência artificial.

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