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Itaú vê potencial "transformador" de cripto e entra em associação do setor no Brasil

Banco, um dos maiores e mais tradicionais do país, se une a outras 24 empresas que já fazem parte da ABCripto

Itaú ingressou na Associação Brasileira de Criptoeconomia (./Getty Images)

Itaú ingressou na Associação Brasileira de Criptoeconomia (./Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 23 de junho de 2023 às 11h50.

O Itaú Unibanco anunciou na última quinta-feira, 22, que ingressou na Associação Brasileira de Criptoeconomia, a ABCripto. Em um comunicado sobre a adesão, o banco, que é um dos maiores e mais tradicionais do Brasil, destacou o que acredita ser um potencial "transformador" da criptoeconomia e da tecnologia ligada ao segmento, motivando seu interesse na área.

Guto Antunes, Head do Itaú Digital Assets, destacou que o banco acredita "no potencial da criptoeconomia como um agente transformador no mercado financeiro global e reconhecemos a importância de estarmos engajados nesse ecossistema. Ao nos associarmos à ABCripto, colocamos o Itaú Unibanco em contato direto com os principais players e especialistas do setor, o que nos permitirá trocar experiências e contribuir ativamente para o desenvolvimento e a regulamentação da criptoeconomia no Brasil”.

Para Bernardo Srur, diretor-presidente da ABCripto, a entrada do Itaú na associação é um "marco importante": "o banco vai contribuir com atributos que são sua marca no mercado, como amplo conhecimento, tecnologia e inovação. É uma parceria muito relevante que proporcionará novas oportunidades de investimento e evolução para a ABcripto, estimulando a inovação e a inclusão financeira. Mostra ainda, a capacidade do nosso setor de agregar players de diversas expertises".

Com a inclusão do Itaú, a ABCripto passa a contar com 25 membros de diferentes segmentos, incluindo corretoras de criptomoedas, tokenizadoras, bancos e fintechs. A lista é formada por Foxbit, Mercado Bitcoin, NovaDAX, Z.ro Bank, Travelex Bank, Uniera, OWS Brasil, Ripio, Bitso, Deloitte, VDV Advogados, KPMG, Chainalysis, 99Pay, VBSO Advogados, Hachi Investiments, Coinext, Vórtx QR Tokenizadora, Mastercard, Grupo GCB, PeerBR, Zero Hash, Bity Bank e LIQI.

Outra empresa tradicional, a Mastercard também entrou para a associação neste ano, mas no mês de abril. À época, Srur destacou que a gigante de pagamentos "em atuado na vanguarda da exploração e evolução do blockchain há anos, apoiada nos três princípios fundamentais da companhia – proteção ao consumidor, conformidade regulatória e estabilidade".

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Participação no Real Digital

O Itaú Unibanco foi uma das empresas que obteve a aprovação do Banco Central para participar da fase de testes do piloto do Real Digital. Ao todo, são 16 propostas - um número que cresceu após a autarquia aceitar na quinta-feira recursos de consórcios formados por empresas como Mastercard, Mercado Bitcoin, Elo e Caixa Econômica Federal.

De acordo com a autarquia, os participantes selecionados serão integrados à plataforma de testes até o fim de junho deste ano, quando poderão então iniciar suas operações. A expectativa é que a fase de piloto termine até o fim do primeiro semestre do próximo ano, ajudando a criar e testar a infraestrutura do Real Digital, com foco em garantir sua segurança.

Em um evento recente, o Banco Central também divulgou diversos possíveis casos de uso para o Real Digital que foram estudados e propostos na primeira fase do seu desenvolvimento, como parte do LIFT Challenge. O Real Digital é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) e está entre as mais avançadas do mundo.

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