(Reprodução/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 18 de julho de 2023 às 17h39.
Pela quarta semana consecutiva, investidores alocaram capital em fundos com exposição a criptomoedas, somando US$ 742 milhões em aportes no período. Os dados são da CoinShares. Além disso, o total de ativos sob gestão desses fundos no acumulado anual é 961% maior em relação ao mesmo período em 2022. Alexandre Vasarhelyi, sócio-fundador da BLP Asset, comenta o aparente aumento no interesse em fundos cripto.
Entre os dias 10 e 16 de julho, investidores institucionais alocaram US$ 137 milhões em fundos com exposição a criptomoedas. Os instrumentos de investimento que oferecem exposição ao Bitcoin tiveram o maior interesse, recebendo US$ 139,8 milhões.
No mesmo período, os fundos apostando contra uma desvalorização futura do BTC perderam US$ 3,2 milhões em ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês). Os fundos com exposição a Ethereum também tiveram uma semana negativa, com saída de US$ 1,6 milhão em capital.
Os fundos com exposição a outros criptoativos, como Cardano, Polygon e XRP, cresceram US$ 2,4 milhões em AUM na última semana.
Os relatórios publicados semanalmente pela CoinShares apontam para um dado interessante: o forte crescimento no interesse em relação aos fundos cripto entre 2022 e 2023, medido pelo AUM.
Até a 28ª semana de 2022, o AUM acumulado era de US$ 47 milhões. Em 2023, o AUM acumulado no mesmo período é de US$ 499 milhões. O crescimento ano a ano é de 961%. Alexandre Vasarhelyi, sócio-fundador da BLP Asset, aponta que essa movimentação é natural.
“Os fundos de criptoativos ainda são muito pequenos, então, qualquer entrada de capital aumenta muito a base [de ativos sob gestão]”, diz Vasarhelyi. “Sabemos que a tendência dos investidores é comprar cotas de fundos quando o mercado está melhorando e, como nos últimos anos o mercado tem melhorado, acho natural que vejamos um fluxo de entrada em crescimento nesses produtos esse ano. Não vejo como ser diferente”, completa.
Mesmo com o interesse crescente em fundos cripto durante 2023, o AUM acumulado dos fundos brasileiros é de US$ 42 milhões negativos. Em 2022, o acumulado até a 28ª semana era de US$ 148,3 milhões.
Nas últimas três semanas, indo na contramão da tendência mundial de alocação em fundos de criptomoeda, investidores brasileiros têm retirado capital desses instrumentos de investimento.
O motivo pode ser o momento complicado enfrentado pelo mercado brasileiro de fundos como um todo, aponta Vasarhelyi. Em 2022, mesmo com a queda generalizada nos preços dos criptoativos, o AUM ainda se aproveitou do período de alta vivido entre 2020 e 2021.
Com base nesses dados, o sócio-fundador da BLP considera que o AUM de fundos cripto brasileiros no acumulado de 2023 está no ‘zero a zero’, mas com um panorama positivo para o semestre.
“O que estamos vendo no segundo semestre é uma tendência de retorno dos investidores aos fundos de criptoativos. Até então, os investidores ainda estavam tímidos, ou tinham tirado algum dinheiro”, conclui Vasarhelyi.
Comece seu portfólio de criptomoedas. A Mynt é uma empresa BTG Pactual para você comprar e vender crypto com segurança e atendimento 24 horas. Abra agora sua conta e desbloqueie seu mundo crypto.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok