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Investimento em 'tokens de diamantes' dispara com crise bancária nos EUA

Empresa que oferece versões tokenizadas da pedra preciosa registrou um aumento de 300% nas suas vendas

Tokens são versões digitais de diamantes reais (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de março de 2023 às 11h55.

Última atualização em 17 de março de 2023 às 11h57.

A falência de bancos nos Estados Unidos e os temores de uma possível crise bancária generalizada levaram os investidores a buscar ativos considerados mais seguros nos últimos dias. Em geral, metais preciosos como o ouro e a prata são referência no segmento, mas também existem alternativas como o diamante, ou até uma versão tokenizada dele.

A Diamond Standard é uma empresa que usa a tecnologia blockchain para criar "tokens de diamentes", uma representação virtual associada a uma contraparte física da pedra preciosa. E o volume de vendas da empresa disparou nos últimos dias, com seu produto chamando a atenção de investidores.

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O CEO da companhia, Cormac Kinney, revelou que, apenas no último fim de semana, as vendas dispararam 300%. Ele atribuiu o movimento ao "fechamento do Silicon Valley Bank e do Signature Bank pelos reguladores, a USDC quebrando sua paridade [com o dólar] e em meio a temores de contágio se espalhando para outros bancos e ativos digitais".

Ao CoinDesk, ele explicou que a empresa reúne uma quantidade física do diamante até formar uma "moeda", ou token, que representa a versão digital das pedras preciosas, que então são guardadas em um cofre. Cada token representa de oito a nove diamantes, e estão registrados na rede blockchain Ethereum.

Fuga de stablecoins

Segundo Kinney, a procura pelo ativo veio principalmente de investidores que estavam fugindo de stablecoins, criptomoedas pareadas a outro ativo do mundo real, geralmente o dólar. Tradicionalmente, as stablecoins são consideradas um ativo de segurança e proteção a riscos no mercado cripto.

Além disso, dados da empresa mostraram que os compradores do tokens pretendem guardar os ativos como uma forma de diversificar seus portfólios. "Os nossos investidores, que muitas vezes têm ouro nas suas carteiras, veem os diamantes como algo que não tem correlação com outros ativos, proporcionando-lhes uma oportunidade de diversificação e cobertura", comenta o CEO.

Ele avalia ainda que o preço atual dos diamantes no mercado financeiro está "correndo atrás" do de outros metais preciosos, o que representa uma janela de oportunidade para investidores interessados e que buscam "surfar" na onda de valorização do ativo. O uso dos tokens facilita tanto o armazenamento quanto a negociação da pedra preciosa, facilitando o seu investimento.

Até o momento, a busca dos investidores por diversificação de investimentos com foco em ativos tidos como mais seguros também está beneficiando outros tipos de criptoativos. Analistas apontam que parte da valorização do bitcoin, por exemplo, está ligada a visão de que a criptomoeda não possui ligação com o sistema bancário, e outros apontam a ideia de que o ativo seria um "ouro digital". Ele acumula uma alta de mais de 30% nos últimos sete dias.

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