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Interpol entra no metaverso com escritório para investigar crimes no mundo virtual

Projeto busca agilizar comunicação entre várias unidades da organização e ser um local para a condução de projetos educativos e de treinamento

Novo metaverso da Interpol permitirá que usuários registrados visitem a plataforma e façam um tour pela reprodução virtual da sua sede (Interpol/Divulgação/Divulgação)

Novo metaverso da Interpol permitirá que usuários registrados visitem a plataforma e façam um tour pela reprodução virtual da sua sede (Interpol/Divulgação/Divulgação)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 12h16.

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) começou a explorar a realidade virtual enquanto se prepara para reprimir uma lista crescente de “potenciais crimes” no metaverso.

De acordo com um anúncio divulgado na quinta-feira, 20, a organização lançou o “primeiro metaverso projetado especificamente para aplicação da lei em todo o mundo” – apresentando-o na 90ª Assembleia Geral da Interpol na Índia. Ele já está totalmente operacional.

A Interpol destacou que um dos principais fatores por trás de sua incursão no metaverso se deve a criminosos que se aproveitam das novas tecnologias para cometer crimes. Além disso, projeta que as taxas de adoção pública dos espaços virtuais provavelmente aumentarão significativamente nos próximos anos.

(Mynt/Divulgação)

“Os criminosos já estão começando a explorar o Metaverso. O Fórum Econômico Mundial [...] alertou que golpes de engenharia social, extremismo violento e desinformação podem ser desafios particulares” do espaço, diz o anúncio.

Segundo a Interpol, "à medida que o número de usuários do Metaverso cresce e a tecnologia se desenvolve, a lista de possíveis crimes só se expandirá para incluir potencialmente crimes contra crianças, roubo de dados, lavagem de dinheiro, fraude financeira, falsificação, ransomware, phishing e agressão e assédio sexual".

Pessoas já foram colocadas atrás das grades por suas ações no metaverso. No mês passado, um homem sul-coreano foi condenado a quatro anos de prisão por assediar sexualmente crianças no metaverso e atraí-las para enviar fotos e vídeos.

No evento, a Interpol também revelou planos para desenvolver uma divisão dedicada a reprimir crimes que envolvem criptomoedas. O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, destacou a necessidade da unidade específica, já que muitas agências policiais não estão equipadas para lidar com as complexidades do setor atualmente.

O diretor especial do Escritório Central de Investigações da Índia, Praveen Sinha, observou que se tornou cada vez mais difícil monitorar o cibercrime devido à sua natureza global, e que a coordenação é um fator chave para combatê-lo de forma mais eficiente.

“A única resposta [aos criminosos] é cooperação internacional, coordenação, confiança e compartilhamento de informações em tempo real”, disse Sinha.

O novo metaverso da Interpol permitirá que usuários registrados visitem a plataforma, façam um tour em uma “reprodução virtual da sede da Secretaria-Geral da Interpol em Lyon, na França” e participem de cursos de investigação forense, entre outras coisas.

A Interpol informou que seu metaverso fornecerá uma maneira mais simples e eficiente para que suas diversas equipes em todo o mundo se comuniquem e trabalhem umas com as outras. As ferramentas de educação e treinamento para estudantes e novos recrutas também foram destacadas.

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