ETFs de criptomoedas são a opção preferida de investidores profissionais (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 16 de junho de 2023 às 15h22.
Um levantamento divulgado pelo Laser Digital, subsidiária de ativos digitais do banco japonês Nomura, aponta que o interesse de investidores profissionais em criptomoedas se mantém alto, mesmo com um momento ruim para o mercado e com um avanço de ações de reguladores contra empresas do setor.
Dados do estudo apontam que, dentre os investidores entrevistados, 96% veem os ativos digitais como uma oportunidade e opção de diversificação de investimentos, em portfólios que combinam esses ativos com outras classes de investimento, como renda fixa, dinheiro, ações e commodities.
O estudo entrevistou investidores que trabalham em fundos de pensão, investimento e hedge, family offices e como wealth managers. Os entrevistados apontaram que estão dispostos a reservar até 5% dos seus portfólio de investimentos para criptomoedas, seguindo a estratégia de diversificação.
Para o CEO da Laser Digital, Jez Mohideen, "nosso estudo abrangente revela que a maioria dos investidores institucionais pesquisados viu um papel claro para ativos digitais no cenário de gerenciamento de investimentos e os benefícios que eles podem trazer, como maior diversificação de portfólios".
Além disso, 82% dos investidores entrevistados afirmaram que têm uma "perspectiva positiva" para o bitcoin e o ether, e 88% disseram que eles ou seus clientes estão considerando investir em criptomoedas. Entretanto, isso não inclui ativos menos consolidados, como as criptomoedas meme doge e pepe.
A pesquisa também revelou que o principal instrumento de investimento desse grupo são os chamados fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês), assim como outras opções reguladas de investimento, vistas como mais seguras. O mercado de ETFs de cripto se tornou um dos principais do Brasil.
Outro dado da pesquisa é que cerca de 90% dos entrevistados afirmaram que é importante que os fundos de investimento de criptomoedas ou outras opções de aporte tenham o apoio de grandes instituições financeiras tradicionais, um fator que é levado em conta por eles e seus clientes antes de tomar decisões de investimento.
A BlackRock, que possui mais de US$ 10 trilhões sob gestão, entrou com pedido junto à SEC para receber a autorização de lançamento de um ETF que seguiria o preço à vista do bitcoin. Caso aprovado, ele seria o primeiro do tipo no país, que no momento permite apenas ETFs ligados aos contratos futuros da criptomoeda.
A empresa pretende usar a custódia da Coinbase para o ETF e os dados de mercado à vista da corretora para os preços. Atualmente, a Coinbase enfrenta um processo aberto pela SEC, acusada de ter permitido ilegalmente a negociação de valores mobiliários.
A BlackRock e a Coinbase já atuam como parceiras para oferecer o investimento em bitcoin aos clientes da BlackRock desde agosto de 2022. Os fundos negociados em bolsa oferecem uma alternativa regulada e com menos risco para a exposição em criptomoedas. No Brasil, eles estão entre os mais rentáveis do mercado.
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