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Grandes investidores seguem acumulando bitcoin mesmo com queda no preço

Quantidade da criptomoeda sem movimentação há mais de três anos atingiu maior valor da história nos últimos dias

Bitcoin valorizou mais de 60% nos primeiros meses de 2023 (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 11h45.

Mesmo com uma queda recente de preço, os grandes investidores seguem acumulando bitcoin com foco no longo prazo. Na visão da corretora de criptomoedas Bitfinex, isso indica um cenário futuro positivo para o ativo, que segue atraindo capital mesmo com cenários momentâneos adversos.

Em uma análise compartilhada com o site CoinDesk, analistas da exchange apontaram que os investidores com foco em longo prazo estão segurando suas posições no mercado à vista, ao invés de usar a criptomoeda em negociações ou então como garantia em operações financeiras.

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Segundo a Bitfinex, 40% de toda a oferta disponível de bitcoin no mercado não é movimentada há mais de três anos. O valor é o maior já registrado e reforça uma tendência observada no mercado de acúmulo da criptomoeda mesmo em momentos de queda no preço do ativo.

Para os analistas, "observar atentamente as mudanças na posição líquida dos detentores de longo prazo revela uma tendência de acumulação consistente desde março de 2023. Este comportamento indica um otimismo e potencial resiliência contra a volatilidade do mercado".

Volatilidade do bitcoin

Ao mesmo tempo, a oferta sem movimentação há mais de um ano tem um comportamento diferente, o que indica que investidores mais novos do bitcoin são menos resistentes às alterações na dinâmica no mercado e às variações no preço da criptomoeda.

"Enquanto os detentores que resistiram ao pico do mercado de alta [em 2021] e no mercado de baixa ]em 2022] permanecem firmes, os detentores de longo prazo 'mais recentes', que adquiriram as suas posições durante o mercado de baixa, mostram mais desconforto", apontam os analistas.

Os dados da Bitfinex mostram que esses investidores que entraram no mercado em 2022 decidiram vender as unidades de bitcoin que tinham ao longo de julho deste ano, quando a criptomoeda mostrou dificuldade para superar a barreira de preço de US$ 31 mil e recuou para valores abaixo de US$ 29 mil novamente.

Em relatório recente, o banco JPMorgan avaliou que a maior criptomoeda do mercado tem, agora, pouco espaço para novas quedas no curto prazo . A instituição atribuiu a desvalorização em agosto a um movimento de correção de preço desencadeado por um cenário macroeconômico mais adverso.

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