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Gestora com R$ 7,02 trilhões sob custódia integra fundo ao blockchain Polygon

Franklin Templeton anunciou que medida, a primeira do tipo para um fundo, busca trazer mais transparência e facilitar acesso

Gestora vai tokenizar fatias de participação em um dos seus fundos de investimento (Reprodução/Reprodução)

Gestora vai tokenizar fatias de participação em um dos seus fundos de investimento (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 27 de abril de 2023 às 11h52.

Última atualização em 27 de abril de 2023 às 13h36.

A Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de patrimônio do mundo com R$ 7,02 trilhões sob custódia, anunciou na quarta-feira, 26, uma ação inédita no segmento dos fundos de investimento. A empresa decidiu integrar Franklin OnChain U.S. Government Money Fund ao blockchain Polygon, buscando trazer mais transparência e facilitar o acesso ao seu produto.

Em um comunicado sobre a operação, a gestora destacou que o fundo se tornou o primeiro com registro nos Estados Unidos a usar um blockchain público  para processar transações e registrar informações como a parcela de cada investidor. Segundo o comunicado, a Polygon "dá acesso a um mercado de US$ 260 bilhões", se referindo aos ativos baseados na Ethereum.

Na visão da Franklin Templeton, o uso de blockchain em fundos de investimento traz uma série de vantagens para os investidores, incluindo "eficiências operacionais" como "maior segurança, processamento de transações mais rapidamente e custos reduzidos" de funcionamento.

Com a integração, os registros de investimentos no fundo ficarão registros na Polygon. Para o diretor de ativos digitais da Franklin Templeton, Roger Bayston, a operação "permite que o fundo seja ainda mais compatível com o restante do ecossistema digital, especificamente por meio de um blockchain baseado na Ethereum".

O comunicado diz ainda que "aproveitar o escopo e a amplitude do ecossistema Ethereum abre um mundo de possibilidades para os investidores". Atualmente, o fundo escolhido pela gestora investe ao menos 99,5% de seus ativos totais em títulos do governo dos Estados Unidos.

As participações no fundo serão convertidas em tokens, apelidados de BENJI, que poderão ser negociadas, dando exposição ao fundo. As compras e vendas ocorrerão por meio de um aplicativo da Benji Investments, envolvendo carteiras digitais.

Adesão à Polygon

Colin Butler, chefe global de capital institucional da Polygon Labs, destacou que "é incrível ter uma instituição tradicional como a Franklin Templeton trazendo transparência, interoperabilidade e acesso seguro e democratizado a seus instrumentos financeiros, tudo isso oferecido pela Polygon”.

“Quando damos um passo para trás e olhamos para essas coisas menos como produtos blockchain e mais como benefícios criados pela utilização de trilhos do blockchain, começamos a ver o 'porquê' [da escolha da gestora]. Os ativos tokenizados vão reconectar positivamente o sistema financeiro global, e a Franklin Templeton está na vanguarda desse movimento”, destacou.

Criado como uma solução de segunda camada para dar mais escalabilidade à Ethereum, o blockchain Polygon tem sido um dos mais usados por empresas tradicionais do mercado. Companhias como a Starbucks e a Meta anunciaram projetos nos últimos meses que usam a rede, em especial para criação de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).

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