Future of Money

Ex-CEO da FTX diz que não roubou fundos de clientes da corretora cripto

Sam Bankman-Fried afirmou que vai usar todos os seus recursos disponíveis para ajudar clientes a receberem valores depositados

FTX chegou a ser a segunda maior corretora de criptoativos do mercado (Reuters/Reuters)

FTX chegou a ser a segunda maior corretora de criptoativos do mercado (Reuters/Reuters)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 10h57.

O ex-CEO da corretora de criptoativos falida FTX Sam Bankman-Fried negou amplamente as acusações contra ele por parte de autoridades e investidores em uma publicação para oferecer sua “visão geral” sobre a insolvência da exchange, que chegou a ser a segunda maior do mercado.

Em uma postagem no Substack, Bankman-Fried afirmou que havia um caminho a seguir para que os clientes de certas empresas sob o guarda-chuva da FTX fossem recuperadas após a falência da empresa. De acordo com o ex-CEO, a FTX.US estava “totalmente solvente” no momento em que a empresa entrou com pedido de falência nos EUA, com cerca de US$ 350 milhões em dinheiro em mãos.

  • Comece seu portfólio de criptomoedas. A Mynt é uma empresa BTG Pactual para você comprar e vender crypto com segurança e atendimento 24 horas. Abra agora sua conta e desbloqueie seu mundo crypto.

Bankman-Fried acrescentou que a FTX International tinha cerca de US$ 8 bilhões em ativos na época em que John Ray assumiu como CEO e prometeu usar “quase todos” seus ativos pessoais em um esforço para reembolsar os usuários. Após o pedido de falência da corretora de criptoativos, o ex-CEO alegou ter apenas US$ 100 mil em sua conta bancária e, posteriormente, contou com seus pais para pagar fiança como parte de seu processo criminal.

Em relação às alegações de que Alameda Research teve acesso aos fundos dos usuários da FTX sem seu conhecimento ou consentimento - no centro das acusações criminais contra ele - Bankman-Fried negou qualquer envolvimento: “Eu não roubei fundos e certamente não guardei bilhões. Quase todos os meus ativos foram e ainda são utilizáveis para apoiar os clientes da FTX".

Ele apontou o escritório de advocacia Sullivan & Crowell e o advogado geral da FTX nos EUA como partes que o pressionaram a nomear John Ray como CEO da corretora de criptoativos antes da falência da empresa, aparentemente interrompendo um caminho para tornar os usuários afetados “substancialmente recuperados”.

O ex-CEO colocou a culpa pela falência da FTX no crash do mercado de criptoativos ao longo de 2022 e em uma “campanha de relações públicas de meses contra a FTX” por parte do CEO da concorrente Binance, Changpeng Zhao.

“Como a Alameda ficou ilíquida, a FTX International também, porque a Alameda tinha uma posição de margem aberta na FTX, e a corrida de saques transformou essa iliquidez em insolvência”, disse Bankman-Fried. “Nenhum dinheiro foi roubado. A Alameda perdeu dinheiro devido a uma quebra do mercado para a qual não foi adequadamente protegida - como a Three Arrows e outras fizeram este ano".

Bankman-Fried se declarou inocente de oito acusações criminais em seu caso, incluindo supostas violações das leis de financiamento de campanha e fraude eletrônica. A ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, e o cofundador da FTX, Gary Wang, já se declararam culpados de acusações relacionadas. O julgamento do ex-CEO, que já foi um dos maiores nomes do mercado de criptoativos, está programado para começar em outubro.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedasEstados Unidos (EUA)

Mais de Future of Money

Drex: oportunidades e desafios para as empresas brasileiras

Como 2024 se tornou o ano do bitcoin?

Por que Hong Kong se transformou em um hub de criptomoedas?

Como as conversas sobre regulação estão impulsionando o mercado de criptoativos no Brasil