Depois de um longo ano de quedas, o mercado de criptomoedas volta para o destaque positivo em 2023. Depois de subir mais de 50%, o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, está gerando lucro para a maioria das carteiras de investidores.

Segundo dados do Glassnode, mais de 67% das carteiras cripto que possuem ether estavam no lucro no último domingo, 19. A porcentagem é correspondente à cerca de 64,4 milhões de carteiras, o maior número desde maio de 2022.

O ether é cotado a US$ 1.799 no momento, subindo 1,8% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko. Apesar disso, a segunda maior criptomoeda do mundo depois do bitcoin já acumula alta de mais de 50% em 2023.

O ânimo dos investidores com os lucros também é refletido pelo Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto. Em 68 pontos, a pontuação mais alta desde a máxima histórica do bitcoin em 2021, o índice indica “ganância” por parte de investidores, o que significa que a maioria acredita que as criptomoedas podem continuar subindo.

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Alta das criptomoedas e crise bancária nos EUA

As principais criptomoedas, que vinham ensaiando uma recuperação desde o início de janeiro, passaram a disparar após o estouro da crise bancária nos Estados Unidos. Emergindo como uma alternativa ao sistema bancário tradicional, elas atraíram muitos investidores.

Além disso, uma possível mudança na política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano, pode favorecer os ativos de risco. Se antes da crise bancária Jerome Powell, presidente da autarquia, sinalizou a possibilidade de novos aumentos agressivos na taxa de juros, a posição agora é outra.

Dados do CME Group indicam que o mercado espera, atualmente, uma elevação de 0,25 ponto percentual, com possibilidade de cortes de juros já em setembro. Caso o Fed confirme essas expectativas, a tendência é que ativos considerados de risco, caso do bitcoin, ether e outras criptomoedas, tenham espaço para subir ainda mais.

Em 2022, os aumentos agressivos na taxa de juros dos EUA foram os principais causadores de aversão ao risco entre investidores, o que colaborou para a queda de mais de 60% das criptomoedas no período.

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