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Especialistas rebatem braço direito de Warren Buffett que pediu proibição de criptoativos nos EUA

Charlie Munger é um famoso crítico do bitcoin e das criptomoedas, as quais chamou de “criptofezes”, gerando polêmica entre especialistas

Bitcoin foi comparado a fezes por braço direito de Warren Buffett (envato/Reprodução)

Bitcoin foi comparado a fezes por braço direito de Warren Buffett (envato/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 15h01.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2023 às 15h13.

Sócio de Warren Buffett na Berkshire Hathaway, o bilionário Charlie Munger é um crítico feroz do bitcoin e das criptomoedas. As classificando como “criptofezes”, Munger acredita que os entusiastas da tecnologia são “idiotas”, o que gerou uma série de discussões na internet.

As falas de Munger foram feitas durante uma entrevista do bilionário ao programa Squawk Box, da CNBC, na quarta-feira, 15. “É apenas ridículo que alguém compre essas coisas”, disse o braço direito de Warren Buffett na ocasião.

Charlie Munger já havia criticado o bitcoin anteriormente, defendendo a decisão da China em proibir as criptomoedas e apoiando que os Estados Unidos façam o mesmo. Seu sócio, o famoso investidor Warren Buffett, também é um crítico da nova classe de ativos.

“Então alguém diz ‘vou criar algo que vá substituir a moeda nacional’. É como dizer ‘vou substituir o ar nacional’, não é um pouco idiota, é completamente idiota”, disse Charlie Munger. “É muito perigoso e os governos estão totalmente errados em permiti-las.”

“Não estou orgulhoso que meu país permita essa porcaria, o que chamo de criptofezes. Não vale nada, não é bom, é loucura. Evite [as criptomoedas] e evite as pessoas que as promovem”, acrescentou o bilionário de 99 anos.

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Repercussão entre especialistas

As opiniões de Munger sobre as criptomoedas geram discussão e debate entre entusiastas e especialistas do mercado financeiro. O próprio Joe Kernen, apresentador do programa Squawk Box, chegou a comentar que acha que “Charlie Munger não leu O Padrão Bitcoin”. O livro citado por Kernen foi escrito por Saifedean Ammous e serve como um guia sobre a maior criptomoeda do mundo.

“Quer saber por que Warren Buffett e Charlie Munger falam mal do bitcoin? Porque eles possuem uma empresa de investimentos chamada Berkshire Hathaway. O bitcoin superou a Berkshire Hathaway significativamente em performance desde o início e provavelmente continuará a fazê-lo nos próximos dez anos”, publicou o perfil Crypto Tea no Twitter.

O bilionário Michael Saylor, por outro lado, acredita que a posição de Munger sobre as criptomoedas envolva a sua idade e o contexto em que viveu seus 99 anos.

“Charlie Munger é da ‘elite ocidental’ e não teve tempo para estudar o bitcoin. Se ele fosse um líder empresarial da América do Sul, África ou Ásia e passasse 100 horas estudando o problema, seria mais otimista com o bitcoin do que eu”, disse Saylor.

Michael Saylor é fundador da MicroStrategy, empresa listada em bolsa que mais investe em bitcoin. No ano passado, ele deixou o cargo de CEO para focar seus esforços no investimento na criptomoeda. Apesar de ter se tornado um de seus maiores entusiastas, Saylor também foi crítico das criptomoedas em 2013, quando disse que “os dias do bitcoin estavam contados”.

Durante a própria entrevista da quarta-feira, 15, no entanto, Munger também afirmou acreditar que “não existem bons argumentos contra a sua posição” e que “aqueles que se opõem são idiotas”.

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