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Em queda, criptomoedas retomam correlação com mercados tradicionais

Principais criptomoedas em valor de mercado voltam a se correlacionar com índices acionários após crise em corretoras se aproximar do fim

Criptomoedas voltam a se correlacionar com mercado tradicional (cihatatceken/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 7 de dezembro de 2022 às 11h32.

Última atualização em 7 de dezembro de 2022 às 11h51.

Nesta quarta-feira, 7, o mercado de criptomoedas movimenta US$ 47 bilhões, com capitalização de US$ 878 bilhões. Dando sinais de um retorno de sua correlação com os principais índices acionários do mercado tradicional, os principais criptoativos apresentam leve queda no dia.

O bitcoin, cotado a US$ 16.866, sinaliza estabilidade com queda de apenas 0,9% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko. Apesar disso, o volume de negociações sobe 11%, em US$ 21,7 bilhões no momento.

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Já o ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.232 e apresenta queda mais acentuada, em 1,9% nas últimas 24 horas.

A queda é parecida com a do índice Nasdaq Composite, que caiu cerca de 2% no mesmo período, de acordo com dados do Yahoo Finance.

-(Mynt/Divulgação)

A correlação entre as principais criptomoedas e o mercado tradicional parece estar retornando após um período de descolamento causado pela crise em corretoras cripto, como a FTX, que foi à falência em menos de uma semana durante o mês de novembro.

“Os mercados se atentam a volta da correlação do Bitcoin e das criptomoedas em geral aos índices acionários, que tinha praticamente desaparecido com a recente crise das corretoras”, disse Thiago Rigo, analista da Titanium Asset Management.

Pensando nisso, as criptomoedas também voltam a ter uma maior sensibilidade aos dados macroeconômicos dos Estados Unidos, por exemplo. Além do discurso otimista de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre a inflação, outros indicadores podem ter influência na cotação deste final de ano.

“Se no último mês o mercado cripto esteve insensível a divulgação de indicadores macroeconômicos, o que tem se observado agora é uma resposta das moedas às últimas divulgações de dados, como Payroll, PIB americano e PMI”, mencionou Thiago Rigo.

Ao longo de 2022, os aumentos na taxa de juro para conter a inflação nos EUA prejudicaram, principalmente, os ativos de risco como ações e criptomoedas. Com a sinalização de uma postura mais branda para este final de ano, investidores estão otimistas de que novos aumentos podem ser menores nas próximas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA (FOMC).

“Se isso acontecer, os ativos de risco em geral tenderão a se valorizar, com o Bitcoin também podendo voltar a recuperar terreno”, disse Thiago.

Outras criptomoedas entre as 20 maiores do mundo também apresentam queda nesta quarta-feira, sendo lideradas pela Chainlink, que cai 5,5% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

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