Drex: o Brasil na vanguarda do mercado financeiro com a transformação digital
Moeda digital do Banco Central Brasileiro será utilizada em transações em ambientes digitais por meio de carteiras online em instituições financeiras ou plataformas de pagamento
Redação Exame
Publicado em 11 de novembro de 2023 às 10h00.
Por Paulo David*
Nas últimas semanas, um nome tem ocupado os holofotes nos cadernos de economia de todo o país: o Drex. Mas você sabe o que ele realmente representa? Em agosto deste ano, o Banco Central (BC), responsável por essa inovação, revelou que o Real Digital será oficialmente denominado Drex.
Cada letra desse acrônimo representa uma característica fundamental dessa nova tecnologia: D para Digital, R para Real e E para Eletrônica. Mas o que o "X" significa? Além de simbolizar modernidade e conexão, o "X" foi escolhido para homenagear o Pix, um sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou as transações financeiras em 2020.
- Drex: 'Não queremos nos distanciar, queremos nos aproximar de blockchain', diz presidente do BC
- Descubra as três formas que o Drex vai mudar a sua vida
- 6 expectativas da Visa e da Mastercard para o Drex, a moeda digital brasileira
- Empreendedorismo e o impacto das CBDCs em cripto são temas do 4º dia do Especial: Real Digital
- Banco da Inglaterra propõe permitir pagamento de bens e serviços com criptomoedas
- Drex deverá impactar empregos e criar oportunidades de trabalho; veja como se preparar
- Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás:abra sua conta na Mynte invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.
O Drex, na prática, representa a evolução do Real para o ambiente digital. Isso significa que, além das tradicionais notas físicas que conhecemos, o Real passará a existir também de forma digital, acessível através de carteiras digitais mantidas por instituições financeiras. O Drex, categorizado como CBDC (Central Bank Digital Currency), é a próxima etapa na evolução do papel-moeda.
Mas como exatamente o Drex será utilizado? Embora ainda esteja em fase de testes, a expectativa é que seja lançado em 2024. O Banco Central planeja que essa nova moeda possa ser utilizada para realizar operações financeiras já existentes, como investimentos e empréstimos, e a grande vantagem é que as operações com o Drex devem ter custos mais baixos, tornando-o acessível a uma parcela maior da população.
A ideia é que o Drex seja utilizado em transações em ambientes digitais por meio de carteiras online em instituições financeiras ou plataformas de pagamento, e que ele também impulsione o desenvolvimento de outras tecnologias financeiras, como contratos inteligentes e dinheiro programável.
É importante destacar que, ao contrário do Pix, que é um sistema de transações instantâneas, o Drex é a própria moeda. A intenção é que o Drex possa ser transacionado via Pix, mas suas funções vão muito além disso. O Banco Central acredita que o Drex terá um impacto profundo no sistema financeiro brasileiro, devido à sua abordagem abrangente.
Em relação aos custos e segurança, o Drex é uma moeda regulamentada e emitida pelo Banco Central, com a principal intenção de proporcionar maior segurança aos usuários. O processo de criação dessa moeda tem passado por rigorosos testes para garantir a privacidade nas operações. Embora o Governo Federal não deva cobrar pelo uso do Drex, as instituições financeiras poderão estipular tarifas ou taxas de serviço, semelhante ao que acontece com o dinheiro em espécie.
É importante ressaltar que o Drex não substituirá completamente o dinheiro em espécie. Ele funcionará como uma facilitação das transações e operações financeiras, possibilitando a conversão entre dinheiro virtual e físico, sem diferenças financeiras entre eles.
Ao anunciar o lançamento do Drex, o Banco Central enfatizou sua missão de reduzir os custos das operações bancárias e democratizar o acesso da população ao sistema financeiro. A expectativa é de que essa moeda digital melhore a eficiência do mercado de pagamentos de varejo, promovendo competição e inclusão financeira para aqueles que ainda não têm acesso a serviços bancários tradicionais.
Além disso, o Drex deve integrar ativos financeiros em sua infraestrutura, como debêntures, títulos de crédito e ações. A adoção dessa nova tecnologia pode trazer mais agilidade, rentabilidade e produtos financeiros atrativos para emissores e investidores.
Em um cenário em que o Brasil busca se posicionar na vanguarda do mercado financeiro, o Drex se insere como uma peça fundamental dessa transformação liderada pelo Banco Central. Assim como o PIX, o Drex deve revolucionar a estrutura e a organização do mercado financeiro brasileiro, com impactos significativos, especialmente no mercado de capitais privado, oferecendo oportunidades de desenvolvimento e inovação.
*Paulo David é CEO e fundador da AmFi, plataforma que utiliza o blockchain como tecnologia principal e é focada no mercado de capitais. Paulo é formado em Direito pela PUC-SP e pós-graduado em Administração de Empresas pelo Insper. Foi fundador e CEO da Grafeno Digital, empresa líder em tecnologia no mercado financeiro, com mais de 6 mil clientes PJ e R$ 180 bilhões transacionados na plataforma, além de ser uma das maiores infraestruturas do mercado financeiro. Também foi fundador da Biva, uma das primeiras e mais inovadoras fintechs do Brasil. A empresa foi comprada pela PagSeguro, parte do Grupo UOL. O executivo ainda acumula passagem pela indústria de venture capital, além de ter sido associado do Pinheiro Neto Advogados e investir em diversos projetos inovadores no Brasil e fora do país.
Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás:abra sua conta na Mynte invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok