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Drex cria "novas possibilidades de conexão" entre mundos online e offline, diz GCB

Em entrevista à EXAME, responsável pelo braço de fintechs da gestora falou sobre mudanças que a versão digital do real deverá trazer

Marcos Barros é o CEO da GCB Ventures (GCB Ventures/Divulgação/Divulgação)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de novembro de 2023 às 11h31.

Última atualização em 9 de novembro de 2023 às 14h11.

Quais mudanças o Drex deverá trazer para a economia brasileira? Essa pergunta passou a rondar a mente de muitos integrantes do mercado desde o anúncio e avanço do projeto criado pelo Banco Central para desenvolver uma versão digital do real. E, para Marcos Barros, CEO da GCB Ventures, a grande novidade que a iniciativa deverá trazer é a possibilidade de realizar novas conexões entre os mundos online e offline.

Barros - que é o responsável pelo braço de fintechs do Grupo GCB - falou sobre o tema durante uma entrevista para o Especial: Real Digital. Na visão do executivo, o grande impacto da iniciativa virá pela criação de "novas possibilidades de conexão do mundo digital em blockchain com casos de uso no mundo offline".

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Ele cita como exemplo a área de delivery versus payment (entrega contra pagamento, em tradução) de ativos reais. Nesse âmbito, atividades como a compra e venda de veículos e imóveis poderão ser diretamente impactadas pela tecnologia blockchain e de contratos inteligentes, podendo aumentar "muito a eficiência no processo, reduzindo intermediários e respectivos custos".

O futuro com o Drex

O CEO da GCB Ventures destaca ainda que o Drex deverá ser importante para impulsionar a chamada tokenização de ativos, que envolve a incorporação de ativos tradicionais às redes blockchain. Pelo fato do Drex ser uma moeda digital de banco central ( CBDC , na sigla em inglês) com uso da mesma tecnologia por trás desses redes, "a criação deste tipo de ativo é uma forma de alavancar a base por trás das moedas digitais, o blockchain".

Mas, apesar de considerar as CBDCs uma "inovação bem grande também ao redor do mundo", o executivo acredta que "ainda é muito cedo para entender com total clareza quais são os impactos do Drex". "É necessário mais tempo para entender melhor os casos de uso e cenários onde o real digital realmente terá uma adesão", avalia Barros.

Entretanto, o CEO se mostra otimista em relação ao futuro do projeto: "Considerando o enorme sucesso do Pix, que também é um produto do Banco Central, é possível esperar um grande impacto no mercado como um todo". Um elemento que deverá ser importante nesse processo, afirma Barros, será a própria adesão do mercado.

"À medida que os players se adequam [ao Drex], existe uma tendência de maior adesão [pela população], afinal hoje nosso dinheiro no dia a dia já é virtual de certa maneira. O próprio Pix como canal de pagamento demonstra isso, portanto a interconectividade será chave para que a nova tecnologia seja utilizada em massa", considera.

Este conteúdo é parte do "Especial: Real Digital", que tem apoio da Mynt e patrocínio de Aarin Tech-Fin e Febraban. Para saber mais e acompanhar todos os conteúdos exclusivos com quem mais entender de Drex no Brasil, acesse a página do evento na EXAMEclicando aqui.

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