Drex vai mudar economia e impactar mercado, carreira e negócios; saiba como se preparar
Realizado pela EXAME, evento reuniu especialistas do mercado e representantes de reguladores para falar sobre o futuro com o Drex
Repórter do Future of Money
Publicado em 24 de novembro de 2023 às 18h24.
Com previsão de lançamento até o início de 2025, o Drex - a versão digital do real - promete gerar uma série de mudanças na economia brasileira, passando pelo mercado financeiro, de trabalho e em negócios. E cada um desses aspectos em torno do mais novo projeto do Banco Central foi tema do evento "Especial: Real Digital" .
Realizado pela EXAME, o evento ocorreu entre os dias 6 e 11 de novembro contou com 11 painéis exclusivos, além de conteúdos explicativos sobre o Drex e entrevistas com representantes dos participantes da fase de testes do piloto da moeda digital de banco central ( CBDC , na sigla em inglês). Entre os destaques, está uma entrevista exclusiva com Fabio Araujo , coordenador do projeto no BC.
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E, para quem perdeu alguma parte do especial, a EXAME reuniu alguns destaques desses cinco dias. Confira!
Carreira e empreendedorismo no Drex
Opainel Emprego e carreira no Drex: como sair na frente , contou com a participação de Carolina Sansão, diretora de Inovação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin. Nele, os especialistas falaram sobre as mudanças e novas exigências no mercado de trabalho que o Drex poderá gerar.
Tota destacou que "tecnologias cripto e blockchain demandam uma mão de obra que a gente realmente precisa formar, não é uma coisa que tem pronto. Acho que globalmente existe essa essa demanda, isso vem crescendo muito e aqui no Brasil não é diferente".
Outra tema abordado no evento foi as oportunidades de criação de novos negócios que o Drex deverá criar. O painel Empreendedorismo: oportunidades e novos modelos de negócio no Drex contou com a participação Marcos Barros, do Grupo GCB, André Carneiro, da BBChain, e Rogério Melfi, da TecBan.
Regulação e meios de pagamentos
O "Especial: Real Digital" contou ainda com a participação de representantes do Banco Central e da CVM. No painel Regulamentação e Drex: como minimizar riscos sem frear a inovação? , João André Pereira, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, e Bruno Gomes, superintendente de Securitização da CVM, explicaram quais mudanças regulatórias o projeto poderá exigir.
Pereira afirmou que "acho que a gente tem que olhar dois aspectos, primeiro o legal para a gente conseguir montar essa plataforma... no final é uma plataforma mas ali transita o real na forma digital, então a gente tem que olhar o arcabouço legal para que isso possa ser feito e depois o arcabouço regulatório. O arcabouço legal a gente olhou muito. Acho que as discussões foram intensas no Banco Central".
JáCarlos Eduardo Brandt, responsável pela gestão e operação do Pix no Banco Central, participou do painel Ecossistema de inovação: como Pix, Open Finance e Drex se conectamjunto com Guto Antunes, head de digital assets do Itaú. Juntos, os especialistas explicaram a agenda de inovação financeira do Banco Central e os efeitos dela na economia.
Os meios de pagamento também foram tema do painel Pix, Drex, Cripto e o futuro dos meios de pagamento: é o fim do dinheiro de papel? que contou com Cristiane Taneze, diretora executiva de inovação na Visa, Leonardo Linares, vice-presidente de produtos e soluções na Mastercard, e Ticiana Amorim, CEO da Aarin Tech Fin.
Drex, tokenização e cripto
Um tema que tem andado de mãos dadas com o Drex é a chamada tokenização, um processo que envolve a transferência de ativos do mundo real para redes blockchain. E a relação entre os dois temas foi abordada no painel Tokenização e novos veículos de investimento: o Drex no mercado de capitais , comJosé Alexandre Freitas, CEO da Oliveira Trust, e Nathaly Diniz, head de Tokens e Regulação da Foxbit.
Freitas vê a tokenização como "uma terceira via desse processo de securitização pro mercado". Ele avalia que essa prática vai "permitir que diversas outras empresas acessem o mercado com tickets menores e com taxas de capitação bem mais baratas, o que vai permitir um universo de investidores muito maior".
Outro tema intimamente ligado ao Drex é o mundo das criptomoedas. No painel O impacto do real digital e outras CBDCs no mercado de criptoativos , André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual e Juliana Felippe, da Paxos, explicaram como o Drex e os criptoativos deverão ser complementares, e não excludentes.
Já no painel Stablecoins, real digital e a nova era da economia tokenizada, Jeremy Allaire, CEO da Circle, emissora da segunda maior stablecoin do mundo em valor de mercado, a USDC, conversou com Portilho sobre a dinâmica envolvendo as stablecoins e as CBDCs, e como os dois tipos de ativos deverão se relacionar no futuro.
Segurança e transparência
Neste ano, o Banco Central ressaltou que os aspectos de segurança e transparência se tornaram uma prioridade no desenvolvimento do Drex. Por isso, os temas também fizeram parte do "Especial: Real Digital". O painel Transparência e privacidade no ambiente do Real Digital contou com a presença de Marcelo Queiroz, head of market strategy da Clearsale, e de Jeff Prestes, consultor com foco na área de segurança em blockchain.
"O desafio maior está aí. O Drex é diferente do Pix, não é para operação do dia a dia, para a pessoa física operando diariamente, é para operar através de uma instituição financeira, ela que vai operar o Drex", explicou Prestes.
Já o painel Segurança e experiência do usuário na era da economia digital abordou os desafios de segurança no ambiente digital, contando com a participação de Frederico Tostes, country manager da Fortinet Brasil, e Iuri Santos, gerente da Kingston.
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