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Demissões em massa: mercado cripto dispensa mais de 9 mil funcionários

Número de demissões aumentou de 8 a 13 vezes entre 2022 e 2023; setor passa por dificuldades após falências de grandes empresas

Demissão em massa, ou layoff, atinge mercado cripto (Getty Images/Reprodução)
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Mariana Maria Silva

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 10h00.

Após um período difícil que ficou conhecido como “inverno cripto”, o mercado de criptomoedas acumula um número significativo de demissões. Entre 2022 e o início de 2023, o setor multiplicou suas demissões de 8 a 13 vezes, de acordo com uma pesquisa da plataforma de dados CoinGecko.

De fevereiro de 2022 a janeiro de 2023, empresas do setor cripto demitiram 9.626 pessoas, mostra a pesquisa. O número, apesar de alto, representa apenas 4% das demissões no setor de tecnologia no mesmo período.

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No entanto, as demissões em massa foram bastante significativas para o setor, fortemente abalado por grandes falências e colapsos, como o projeto Terra/Luna e as empresas Three Arrows Capital, Celsius e FTX.

A queda da Terra/Luna, no primeiro semestre, foi responsável por um salto nas demissões, que saíram da casa dos 160 em maio para 3.003 em junho, o que excedeu em 13,4 vezes a média mensal de demissões e foi o maior recorde de 2022.

Já em novembro, a falência da FTX ajudou a piorar o cenário. A corretora, que era a segunda maior do mundo, foi a falência em menos de uma semana deixando um prejuízo bilionário. Neste mês, foram demitidas 1.805 pessoas.

As empresas em San Francisco, Dubai e Nova York estiveram entre as mais atingidas pelas demissões em massa do setor de criptomoedas em 2022, apontou a pesquisa.

No entanto, apesar da melhora na cotação das principais criptomoedas em janeiro, as demissões demonstram ir para a direção contrária. Neste mês, segundo o CoinGecko, já foram demitidas 2.806 pessoas, seguindo as demissões em massa do setor de tecnologia.

O número corresponde a 41% do total de demissões de 2022, sinalizando que o mercado de trabalho envolvendo criptomoedas pode se tornar ainda mais difícil este ano.

Antes de 2022, empresas do setor estavam em plena expansão, em busca de novos funcionários especializados. No entanto, o cenário mudou rapidamente quando as mesmas empresas tiveram que recuar para conseguir sobreviver ao mau momento.

As corretoras de criptomoedas representaram 84,8% das demissões em janeiro, afirmou a pesquisa. Os volumes baixos de negociação podem ser a razão para isso, segundo o CoinGecko.

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